MORDER NA MÃO QUE LHE DEU DE COMER




Quando o Largo da Forca nasceu e criticava a São e o Luís como se fossem um único, no tempo em que a presidente da autarquia assegurava que dela nunca partiria qualquer ataque ao seu antecessor, o seu mano, chefe da confraria e um peso pesado da Assembleia Municipal referia-se aos vizinhos deste Largo com ofensas sucessivas às mães. Aliás, a falta de respeito pelas mães de quem não gosta bem como as ameaças são um tique identificador desta personalidade política da terra.

Os tempos passaram e parece que o deputado municipal Cabrita decidiu ultrapassar-nos pela direita. Começou por se queixar da herança venenosa que o Luís Gomes teria deixado à sua pobre irmã. Depois viu-se como a mana respondeu ao jornalista do jornal Público a propósito de alguns negócios camarários onde contava a sua própria assinatura, parecendo que a agora presidente estava encomendando um T0 ao seu “padrinho” no hotel que fica no alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa.

Mas parece que o verniz estalou de vez, incomodado pelas acusações de mentirosa dirigidas pelo vereador Álvaro Leal numa recente reunião da CM e por uma intervenção á base de bitaites feita pelo grande tribuno Nuno Batista, o mano deputado municipal decidiu colocar um dos seus comentários madrugadores. Como de costume enojou-se com tudo o que a oposição disse da sua mana, que como se sabe é tão dedicada ao concelho que quase nem precisamos da proteção da padroeira.

MAS o mais curioso foi o fato de ter aproveitado a oportunidade para acrescentar que a mana estava salvando o Município do que lhe fizeram os três mentecaptos. Enfim, se fossem quatro poderiam ser os quatro cavaleiros do Apocalipse, mas sendo três ou são três rapazes do sexo masculino da equipa que a antecedeu ou foram os três presidentes que a antecederam. É pouco provável que fosse a primeira hipótese, porque teria de excluir a própria São que era o braço direito do então mentecapto, como provavelmente teria de acrescentar o Rui Barros e o Pires.

Estaria a referir-se aos seus três antecessores o que significa que a São é tão competente que salvou a terra da gestão de quase três décadas de gestão autárquica! Mas o mais divertido é ver o deputado municipal que tanto apoiou ao longo de 12 anos todas as propostas de Luís Gomes e a quem tanto deve, a começar pelo alto cargo de chefe da confraria, vir agora apelidar Luís Gomes de Mentecapto. EM bom português a isto chama-se morder na mão que lhe deu de comer.