NÃO HÁ DINHEIRO?




Propõe-se a modernização das salas de aula das nossas escolas do ensino básico e a resposta é a falta de dinheiro. Pergunta-se pelo fim das obras do mercado municipal na sede do concelho e a resposta é que falta o dinheiro. Protesta-se porque o amianto é mantido nos mercados e nas escolas e a desculpa é a falta de dinheiro.

Não há dinheiro para nada a não ser para manter o ordenado do ex-eclesiásticos, assegurar a assessoria do Cigarrinho, para manter o Tiago, isto é, tira-se do que é importante para o concelho para manter a situação dos amigos do regime. À beira da insolvência a nossa autarquia fez opções, entre cortar as gorduras geradas pelos amigos e cortar nos apoios sociais, no investimento das escolas, na manutenção dos equipamentos públicos ou o investimento nas escolas a escolha foi óbvia e todos a conhecemos.

Mas para onde vai. Por exemplo, todo o dinheiro cobrado pela ESSE? Ninguém deverá saber pois na hora de lhe ser cobrado o que devia pagar a empresa disse que não, que não devia quase nada e ao fim de anos lá fez um pagamento mas em troca de uma alteração do regulamento que transforma os vila-realenses em clientes forçados do estacionamento pago.

E para onde foi o dinheiro que ao fim de meia década a ESSE fez o favor de pagar? Não foi para nada do que se possa imaginar, foi parar ao Morais Sarmento com mais um contrato d4e assessoria jurídica. Desiluda-se quem pense que o maior investimento que a autarquia fez foi no jardim ou mesmo no passadiço de Monte Gordo. Nos últimos anos as assessorias ao escritório do Morais Sarmento representaram um investimento bem maior do que o do passadiço, já que este foi em, grande medida pago pelos fundo europeus.

Isto é, o pouco que a autarquia consegue poupar vai direitinho para o advogado caro, que além de ser vice-presidente do PSD cuida dos processos de contencioso, uma boa parte deles de questões financeiras,  uma forma de parte da dívida ser escondida das contas, para se fazer de conta que se cumprem os compromissos. É o caso, por exemplo, do processo do Orlandino, que bem feitas as contas já custará à CM qualquer coisa como meio milhão de euros.