Ao lermos a notícia da CM sobre a suspensão de parte das atividades
da comemoração do dia da elevação de VRSA a cidade ficamos baralhados. Vejamos:
«No seguimento das preocupações manifestadas pelo
Coordenador do Projeto «À Descoberta das 4 cidades» relativas à
evolução do Coronavírus - Covid 19 - e tendo em consideração as diretrizes
de alguns agrupamentos de escolas envolvidos no projeto, no sentido de
cancelarem quaisquer visitas fora da área de residência -, encarrega-me
a Sr.ª Presidente da Câmara Municipal de VRSA, Maria da Conceição Cabrita, de
comunicar o cancelamento das atividades previstas no âmbito das comemorações do
32º aniversário da elevação de VRSA a cidade, nomeadamente a sessão solene e
restantes atividades dirigidas às crianças.
Esta decisão advém da preocupação do Município,
seguindo as orientações da Delegada de Saúde, em garantir as melhores condições
de segurança, evitando, tanto quanto possível, a propagação do vírus em causa.»
Primeiro começa-se por dizer que a suspensa resulta da preocupação
do coordenador do projeto, a seguir foram alguns agrupamentos que decidiram cancelar
as viagens e, por fim, a decisão resultou da preocupação do Município, logo da
São. Afinal foi preocupação do coordenador foi preocupação da São ou decisão
dos agrupamentos? Se a delegada de saúde nada tivesse dito a São não ficaria
preocupada, o coordenador ficaria tranquilo e os agrupamentos não se importavam
com os riscos da viagem.
Neste momento o importante é a segurança e tranquilidade dos
cidadãos que está à frente e é bom que a CM se mostre mais ativa e decidida,
sem se deixar de influenciar por grupos de pressão. Não vale a pena pensar que
tapamos o sol com a peneira, a situação é difícil e uma epidemia não é um
arrufo climático que passa de uma semana.
Quando é que a CM decide sobre todos os eventos
calendarizados num horizonte temporal de um mês ou mês e meio? Vai deixar tudo
para a última hora como sucedeu com esta comemoração? Não se entende que ainda
imaginem um estádio cheio de crianças ou que a nossa piscina é tão boa que ali
não entra vírus. A bem dos nossos cidadãos esperemos que tenham sorte e contra
todas as probabilidades consigam fintar os vírus. Senão, um dia destes, quer as
autoridades municipais como as sanitárias poderão ter de dar algumas explicações.
Podemos estar perante uma situação de estupidez. Quanto
maior for a probabilidade de transmissão do vírus maior é o risco de a desgraça
se abater sobre a atividade do concelho.
Não importa a imagem do Município, o interesse dos
comerciantes ou de outros negócios de risco como as escolas de condução ou
ainda os desígnios dos poderosos hoteleiros, o que importa é a saúde e
tranquilidade de todos os cidadãos e combater de forma eficaz uma epidemia que
está aí. O vírus não combate comas rasteiras do costume ou com truques de
linguagem. Não vais ser tão fácil abafar o vírus como se fosse um deputado da
oposição.
Oxalá que os vírus ficassem assustados com as ameaças ou o
fumo dos charutos do Grão-Mestre do Atum Enlatado, estaríamos salvos e
imunizados para uma década.