A BAIUCA DA CIPRIANA

 


 

Há poucos dias divulgámos um conjunto de declarações sob a forma de entrevista. Obviamente a entrevista é falsa, todos sabemos que a autarca incompetente da nossa terra só dá entrevistas à Rádio Guadiana, mas a verdade é que na entrevista só as perguntas eram falsas, as respostas eram declarações feitas numa reunião com o dono de parte do terreno em frente ao Hotel Vasco da Gama, que acabou por vender e ficar com todo o dinheiro como se fosse dela.

Nessa reunião que durou cerca de uma hora a autarca parecia estar mais preocupada em destruir a imagem do antecessor do que no tema da mesma, pelo que de forma quase compulsiva aproveitava todas as oportunidades para desancar no Luís Gomes e no Pedro Pires. Desde a denúncia de supostos pedidos que iriam além do legalmente aceite até insinuações sobre a vida privada valeu de tudo.

Para quem fez vídeos de campanha dizendo maravilhas do antecessor e que pouco depois de eleita fez uma entrevista onde garantiu que não a ouviriam a falar mal do Luís Gomes, o mínimo que se pode dizer desta senhora é que nem deve ter ouvido falar da palavra lealdade. Mas se as relações entre a São e o Luís é um problema deles, até porque ou a São aprendeu com ele ou são muito parecidos e como se sabe não é bom ter dois lacraus no mesmo saco, já o mesmo não se pode dizer da postura dela enquanto representante do Estado.

Uma presidente da CM não é propriamente a dona de um bar chamado Baiuca da Milu ou Baiuca da Cipriana, preside a um órgão eleito e quando reúne com um empresário não é para beber uma lambreta e comer tremoços, tem de ter uma coisa chamada dignidade. E é isso que nessa reunião a autarca demonstrou não ter, não sabe representar o Estado, não mostrou ter sentido de Estado. Falou como uma taberneira e negociou como vendedor pouco honesto.

Não sabemos se a gravação que tivemos oportunidade de ouvir chegou aos ouvidos de alguma autoridade, seria bom que alguém perguntasse a que título o Luís Gomes lhe vai fazer tantos pedidos e como se explica que o Pedro Pires ande a marcar reuniões com a autarca para falarem com interessados no terreno do Parque de Campismo. Aqui cheira a crime e há indícios claros de pelo menos haver tráfico de influências.