COMBATER A PANDEMIA COM VERDADE

 


 

Tal como defenderam os presidentes da Ordem dos Médicos na reunião que tiveram recentemente com o Presidente da República, a divulgação dos dados ao nível concelhio é fundamental para que os cidadãos tenham a noção dos riscos. Ou seja, é bom que os cidadãos saibam onde há situações de contaminação na comunidade, porque estando avisadas terão mais cuidado. 

Nesse sentido o que importa não são os casos ativos, porque esses casos são os conhecidos e, portanto, estão sob vigilância, não representando qualquer risco a não ser que desobedeçam à ordem de quarentena. Os dados de novos casos é que nos dizem se há ou não surtos ativos no concelho. Mesmo assim há algum risco de existirem surtos ativos sem que apareçam novos casos, se não surgirem doentes com sintomas e não forem feitos testes não se registam novos casos. 

No início do surto que se registou em VRSA a autarca e a delegada de saúde reagiram ao estilo Bolsonaro, negando a existência de qualquer surto, argumentando que se tratava de um aumento brusco. E só tornaram públicos os casos registados quando já ultrapassavam as duas dezenas e se soube desse número porque a autarca o revelou nos eu Facebook pessoal e apenas para os seus amigos. 

Desde então a autarquia abafou o mais possível a informação, passando a determinada altura a divulgar boletins epidemiológicos. Todavia, estes boletins têm sido irregulares, já apresentaram números coerentes e sempre esconderam os novos casos, para que ninguém soubesse se existem ou não surtos ativos no concelho. 

Agora temos duas fontes de informação, a da CM que diz basear-se em informação da delegada de saúde, pessoa que não nos inspira grande confiança técnica desde o dia em que confirmou a teoria do aumento repentino, e a prestada pelo Sul Informação, que nunca escondeu a realidade e sempre divulgou os dados com base na informação e formato da Direção-Geral de Saúde. 

Com, base nos dados atuais algo está errado na informação que nos chega e era bom que isso fosse esclarecido.

 

PS: A não ser numa situação extrema não é defensável o confinamento, pelo que em tempos não alinhámos pelo pânico, ao contrário de alguns velhos conhecidos que meteram uma foto do campino com algumas pessoas, lançando o medo dizendo que apesar da fronteira estar encerrada ainda haviam espanhóis a entrar no país.