OS IMPREVISTOS DO FAM

 


Uma das exigências combinadas entre a CM e o FAM foi a venda do último terreno que era propriedade da CM, o terreno em frente ao Hotel Vasco da Gama, que em tempos foi oferecido pelos proprietários daquele hotel ao Município, para ali ser instalado um parque infantil. Essa exigência está à beira de ser cumprido já que a CM já procedeu à venda do referido terreno.

Saberá o FAM que uma parte desse terreno que a CM vendeu como seu não é propriedade do Município? Saberá o FAM que no dia 8 de fevereiro de 2019 com “a mediação de António Manuel Palermo Martins, tendo confirmado que aceitava o direito de propriedade do mesmo Requerente sobre o lote, avaliado em meio milhão de euros”?

Pois é, já nos chegaram por três vias distintas  uma gravação dessa reunião onde a presidente da autarquia aceita que o terreno tem dono e aproveita para dedicar quase todo o tempo a falar mal do Luís Gomes e do Pedro Pires. Aliás, todas as declarações feitas pela São Cabrita no passado dia 8 de fevereiro de 2019 foram aqui divulgadas sob a forma de entrevista.

Mas, apesar do acordo de cavalheiros com o proprietário da parte do terreno que não pertence à CM, tendo como testemunhas presentes o António Palermo e a Dra. Hélia “a Câmara não desistiu da venda do prédio que registara mediante falsificação de documentos e alteração de marcos – continuou a publicitar a venda através de hastas públicas e, por fim, a Srª Presidente propôs à Assembleia Municipal e venda por negociação direta”.

Isto é, o FAM deve estar muito contente porque a São cumpriu o acordado, mas se os seus auditores ou mesmo o contabilista de Borba tivessem pedido o processo desse terreno ficariam a saber que a CM vai ter mais uma dívida escondida nos tribunais, já que ao vender todo o terreno como se fosse seu à Saint Germain Empreendimentos Imobiliários SA. a São sabe que ficou a dever cerca de meio milhão de euros ao proprietário do lote que não pertence ao Município. 

Mas enquanto o pau e vem folgam as costas, a São consegue receita, o FAM faz-se de parvo ainda que para o ser já não se precisa de se armar em tal, o Município vai gastar mais umas dezenas de milhares de urros e quem vier a seguir que se governe. Veremos se na ocasião “esses senhores do FAM” vão continuar a fazer-se de parvos e dizem que é mais um imprevisto ou se já não estando a lidar com a protegida Soa Cabrita vão, finalmente, lembrar-se de ser rigorosos e, porventura, conhecer a sua lei, algo que até aqui têm ignorado.