Já lemos nas redes sociais diversas referências à forma como o nosso senhor presidente avançou para a aquisição do apartotel no Monte Fino, que segundo próprio disse numa entrevista à TV Arenilha, onde não escondia a alegria e o orgulho por este investimento.
Para além dos lamirés que temos lido nas redes sociais chegou-nos informação pormenorizada que nos levam a recear que a forma como um investidor que tinha licitado e se preparava para lançar mais uma importante unidade turística ultrapassou os limites do razoável, dando razão a esses comentários.
Se um autarca usou os poderes para forçar um investidor a adquirir o apartotel, para dessa forma ter o caminho aberto para ser a autarquia a adquirir o imóvel, estamos perante um comportamento que, no mínimo, pode configurar num abuso de poder de grande gravidade.
Ainda por cima, essa atuação serviu para lançar um projeto absurdo, que indignou muita gente e levou mesmo alguns residentes do Monte Fino a colocarem as suas casas à venda.
É impedindo o investimento em hotéis para os transformar em residências para sem abrigos que se promove o desenvolvimento do concelho? Já nem vale a pena referir os truques usados para se conseguirem os fins, mas impedir investimentos e criação de empregos, para lançar medidas panfletárias, usando de forma oportunista os fundos da bazuca é demasiado grave.
Não está em causa atribuir habitação digna a quem precisa, nada impede que o Município invista na construção, como o próprio senhor presidente prometeu, ou mesmo adquirir prédios de habitação para esse fim. O que está em causa é não só os métodos a que o senhor presidente parece requerer, como a total falta de noção do que está a fazer.
Esperemos que quem de direito investigue este processo porque a ser verdade o que lemos nas redes sociais, estamos por um comportamento nunca visto numa autarquia, o uso do poder de uma forma pouco compatível com a lei e com a ética.