Ao fim de mais de uma década de governação da
responsabilidade do Luís e da São começa a ser tempo de os vila-realenses
saberem qual a verdadeira situação financeira do Município, até porque serão
eles os sacrificados e que mesmo sendo explorados abusivamente p+ela ESSE e pela
empresa das águas, ainda terão de pagar a dívida brutal da autarquia.
Neste momento a autarquia já comunicou todos os dados ao
FAM, já sabe qual o buraco deixado pela SGU e é de esperar que saiba qual o
montante da dívida que sendo litigiosa não consta nas contas. Pelo relatório do
FAM relativo a 2018 sabemos que nem a autarca parecia saber a quantas andava,
pois terá sido apanhada de surpresa com contas que parecia desconhecer.
Mas com tanto relatório para o FAM, com uma chefia com
funções exclusivas nas relações com este fundo mais o senhor contabilista e
ex-autarca da CDU que veio da longínqua Borba, é de supor que finalmente a
presidente da Câmara Municipal já deverá estar em condições de saber quanto é a
verdadeira dívida acumulada pelo Município, agora que, com a liquidação da SGU,
deixaram de existir mulas para carregar essa dívida.
É importante que todos os vila-realenses saibam onde estão
metidos e durante quantos anos teremos uma autarquia em serviços mínimos e
taxas máximas. Assim sendo e porque as boas contas fazem os bons amigos, a presidente
da CM teria muito a ganhar se criasse uma página na web informando os seus conterrâneos
sobre o buraco financeiro do concelho. Aí poderia inserir:
- A dívida total apurada na CM na sequência da liquidação da SGU.
- A dívida litigiosa total que não está ventilada nas contas do Município que são tornadas públicas através da sua contabilidade.
- O valor do real do património do Município que se encontra hipotecado. O valor real porque a sua avaliação pode ter sido feito de forma muito otimista, a fim de aumentar a capacidade de endividamento e dessa forma aumentar a dívida criada do passado.
A autarca só te a ganhar com este gesto no sentido da transparência,
até porque não serve de nada não tornar estes dados do conhecimento público,
porque daqui a quatro ou cinco meses teremos mais um relatório do FAM. E por
falarmos de relatórios do FAM esperemos que este fundo desta vez produza um
relatório relativo ao 4.º trimestre e não ao terceiro.