GENTE FINA É OUTRA COISA

Resultado de imagem para morais sarmento


Em matéria de advogados a nossa autarquia é aquilo a que se chama gente fina, problemática mas fina. Problemática porque tem uma verdadeira fartura de processos judiciais em curso, fina porque recorre à sociedade de advogados mais cara do país, não apenas para processos de grande complexidade como também, como se viu no passado, para perseguir opositores com processos de lana caprina.

Compreende-se que a autarca não olhe a meios na hora de contratar os melhores advogados, afinal quem corre grandes riscos de ficar em maus lençóis nem sequer é a autarquia, que há muito está enterrada. A verdade é que a autarca está pressionada pela Lei do FAM, nos termos da qual se não cumprir com o acordado poderá perder o mandato  e ainda ser obrigada apagar uma indemnização ao Estado.

Aliás, isso já devia ter sucedido depois do relatório do FAM relativo a 2017, ano em que as consequências atingiriam também o eng. Soromenho. Mas como é sabido o eng. Soromenho parece ter grandes influências no governo de António Costa e o FAM, tutelado pelo marido da Enga. Ana Paula Vitorino, parece ter feito vista grossa do incumprimento total e descarado do acordo com o FAM.

Ora um dos esquemas contabilísticos mais usados pela autarquia para iludir as suas conta, tem sido mandar tudo quanto é dívida para os tribunais, fazendo-a desaparecer da escrita, enquanto o FAM parece fazer de conta que ainda não reparou, ao ponto de no relatório relativo a 2018 ter-se feito surpreendido com as surpresas contabilistas invocadas pela própria autarca, não as considerando na avaliação da situação financeira.

Mas se apanhou livre do exercício de 2019, a nossa autarca avançou rapidamente para mais duas adjudicações diretas ao escritório da PMLJ, do incansável Morais Sarmento, dispondo-se a pagar mais de 190.000 euros, por duas adjudicações diretas feitas no mesmo dia, uma das quais com um número certinho. Vejamos a que processos se referem esta adjudicação dividida em duas para parecerem mais pequenas, não fosse alguém ficar incomodado com tamanho descaramento:

  • Contrato 25/2017 (Unifaro); Processo Tecnorém;
  • parecer Parque Campismo;
  • Processo AMA com referência 15264.0026
  • Ação Executiva Orlandino Rosa, com referências 12175.0002 e 12175.0037;
  • Processo com referência 15264.0026 da AMA
  • Negociações com a AdA, Processo da Ação Popular (parcial),
  • Contrato CT da AdA, Contratos de Concessão AdA,
  • Ação de Impugnação APA nº. 12175.0002,
  • Ação Administrativa Especial Processo 131/07 – Condiana, Processo 12175.0082 da marginal de Monte Gordo (parcial) processo 12175.0002


Até o processo relativo ao Orlandino, que há muito que transitou em julgado vai ter honras de Morais Sarmento e se somarmos a indemnização que terá que ser paga com os custos em advogados a brincadeira vai custar muitas centenas de milhares de euros aos vila-realenses.

Se olharmos com atenção verificamos que estão aqui muitos milhões de euros empurrados para contencioso, dívidas que um dia destes terão que ser pagas e que agravarão a situação do Município. MAS até lá a autarca não terá de responder pela gestão que conduziu a estas dívidas e o buraco não aparece nas contas do FAM.

Quer dizer, não bastou a má gestão, como agora pagamos essa má gestão com juros sob a forma de honorários para a PMLJ e custas judiciais. E tudo isto debaixo de um FAM tutelado pelo Eduardo Cabrita mais o Botelho de Tavira.