Montenegro prometeu ganhar as autárquicas e Rio vai lutar pelo
melhor resultado possível. O primeiro tentaria ganhar a qualquer custo, sem
olhar a meios e sem quaisquer escrúpulos na escolha do candidato, enquanto Rui
Rio fará de conta de que não estará disposto a tudo para ganhar uma autarquia.
Em VRSA os alinhamentos foram claros, o clã Cabrita parece
ter alinhado com Rui Rio, sem deixar de ter na sua equipa apoiantes de
Montenegro. Mais ou menos de fora da luta interna terá ficado Luís Gomes, que
ainda preside à comissão política, mas que pelo número de votantes nas diretas
do PS não parece ter ido a jogo.
A um ano da escolha dos candidatos (isso se não der uma
coisa aos dirigentes do PSD que lhe dê para escolher candidatos muito antes da
data, como parece ser moda dos partidos de VRSA) tudo aponta para que a agora
autarca possa ser a próxima candidata do PSD, fazendo em VRSA a Luís Gomes o
que em Castro Marim fizeram ao Estevens. Ainda é cedo e as manobras no interior
do PSD ainda não terminaram, mas é provável que se venha dizer que quem vai
cantar perde o lugar ou “há cantar e cantar, há ir e não voltar.
Não admira que já há quem diga que o Luís Gomes poderá
avançar com uma candidatura independente ou mesmo alinhar numa candidatura
patrocinada pelo partido do seu ex-assessor jurídico Pedro Santana Lopes, um
partido que serve parta pouco mais do que serve o partido dos reformados, para
apresentar candidaturas autárquicas de independentes.
O desejável seria Rui Rio inteirar-se do que o PSD fez a
Vila Real de Santo António e promover uma limpeza nesta concelhia. Mas isso
seria pedir demais a Rui Rio, a nossa terra só é importante para ele se o
ajudar a ganhar câmaras municipais, para ele e para todos os outros líderes
partidários.