CALAMIDADES EM TEMPOS DE RUÍNA MUNICIPAL

 

Ainda a São governava o Município mais feliz e bem sucedido do país, o Luís animava as cotas bronzeadas no Sem Espinhas Natura, o Pires construía o seu restaurante no mais belo passadiço do país, o Romão ainda era um autarca feliz e viajado enquanto ninguém o incomodava com maioneses, o Araújo continuava a ajudar a Lídia, o Chico ainda andava pelo Cartaxo enquanto o primo morava feliz no Largo da forca enquanto o resto da família se tinha bandeado do PCP para o PSD.


Quando o Largo da Forca era a única voz que ousava criticar o Luís e os manos Cabritas e alertava para a desgraça de uma dívida de que a oposição nem falava, lançou-se aqui um alerta. Se um dia o concelho tivesse que enfrentar uma calamidade, perceber-se-ia a dimensão da desgraça, já que o Município não teria um tostão.


Infelizmente o concelho, o país e o mundo foram postos à prova com uma pandemia e vimos um Município incapaz, incompetentes e falido, com dinheiro apenas para lixívia e se é que não a ficou a dever à ECOAMBIENTE. Nessa ocasião o Luís fez de conta de que nada tinha que ver, lá ia promovendo o “Pobre Milionário” com o videoclipe onde a artista principal era a filha do homem da Mão Amiga.

 

Infelizmente uma tragédia nunca vem sozinha e quando ainda se estava a enterrar a última vítima da covid-19, acendeu-se um incêndio, ali para os lados da Cortelha. Mais uma vez a desgraça bateu-nos à porta, mais uma vez o Município não teve um tostão para alimentar os bombeiros, como mandam as regras. Mais uma vez o Município nada tem para ajudar as vítimas do incêndio.


O Luís disse estar de luto e não faria campanha até ao funeral abriu a exceção para festejar a camisola amarela, convencido de que a Volta a Portugal era uma etapa das autárquicas que ele espera que seja o regresso triunfante aos tempos de fartura e de riqueza. E ainda havia fogo na serra e já o rapaz organizava um comício na sede do Município, onde o Mendes, que há muito que não entrevista autarcas, não faltou para fazer o lançamento eleitoral do homem que quer instalar a JF de Cacela numa caravana atrelada ao carro-vassoura, enquanto pensa na solução dos problemas da freguesia com os neurónios da barriga das pernas.

 

Enquanto isso o velho amigo do Araújo ficava condoído com as vítimas dos incêndios e em solidariedade com o povo de Cacela adiou a inauguração da sede, onde não falta mais uma grandiosa foto daquele a que Gabriela da telenovela “Gabriela, Cravo e Canela “ chamaria de “moço bonito” como chamou ao Nacib. E nem imagino o que diria a personagem se soubesse que em vez de trabalhar ara o Nacib, graças à imaginação hilariante do moço de Viana, poder-se-ia empregar como empregada de limpeza no lar dos Balurcos e viajar todos os dias nos fabulosos autocarros elétricos do Araújo.

 


Infelizmente estamos perante a tempestade perfeita gerada pelos partidos locais, um Município arruinado, uma Mão Amiga a precisar de ajuda e dois candidatos que dão vontade de chorar, com tanta incompetência e oportunismo.



E no meio disto tudo temos o Mike a produzir panfletos anónimos, tentando desesperadamente que o seu candidato não fique atrás do ciclista do CHEGA. Parece que nesta corrida autárquica o carro-vassoura não vai ter mãos a medir e vai chegar cheio à meta.