Quem ouve o Araújo e o Luís Gomes a falar da Bazuca fica com a impressão de que o cantor e o homem que transformou a São e a senhora da Mão Amiga numa espécie de pastorinhas do Baixo Guadiana, são coronéis de artilharia, enquanto todos os outros candidatos não passam de soldados rasos de infantaria.
O primeiro apresenta-se a si próprio como uma espécie de pai da Bazuca algarvia e desde que se candidatou que é Professor de Economia. O outro acha que o país é uma república das bananas, onde ser candidato do partido do governo o transforma num ser superior, que se senta com todos os governantes e se transforma imediatamente num excêntrico da Bazuca.
O Luís Gomes, na entrevista à rádio Guadiana ainda teve
algum pudor e adiantou que desta vez seriam as empresas a trazer os dinheiros
da Bazuca para o concelho. O argumento era duplamente inteligente, vai na linha
do que o seu partido defende e desta forma esconde algo que ele sabe muito bem,
que a CM dificilmente conseguirá aceder a fundos europeus por falta de recursos
para uma comparticipação.
Já moço de Viana, um político que mandou à fava a laicidade do Estado e do PS, não tendo o mais pequeno pudor em misturar política com religião, ao melhor estilo dos talibans, nem sabe do que fala e diz disparates que são de bradar aos céus. Para este candidato há sempre um fundo comunitário para pagar os seus disparates ou um ministro quem se senta e a quem “saca” milhões de euros.
Para ganharem votos vale de tudo, desde meter família com
política, com religião e mentir sem quaisquer escrúpulos. O que é preciso é
conseguir os votos, eles sabem muito bem que depois de eleitos e quando os que
os apoiam estiverem com o filé mignon no bucho vão arranjar facilmente
desculpas. O Luís vai dizer que a culpa foi da São e que a CM estava pior do
que ele imaginava e o Araújo vai dizer que foi o Luís, pois sabe-se como o
Araújo mandou o PS publicar um comunicado elogiando a São Cabrita. Até o mano
põe likes na página anónima de apoio à sua candidatura.