Já vimos como o Álvaro Araújo tentou ganhar votos com fardos
de palha, aproveitando-se da desgraça alheia, com uma encenação tão mal feita
que o jovem até agradeceu os fardos “ao candidato Álvaro Araújo e à sua equipa”.
Esta cena recorda-nos os convites para jantares em Monte Gordo, em que em troca
apenas se pedia aos convidados que posassem para a foto ao lado do candidato.
O seu “irmão gémeo político”, o candidato Luís Gomes não aguentou o nervosismo miudinho, parece que este oportunismo em torno dos incêndios é mesmo compulsivo nalguns candidatos. Tirou umas fotos, escreveu o texto e muito provavelmente as declarações do camisola amarela e mandou para o órgão oficial destes dois candidatos, o Postal do Algarve, o pasquim que ignora as outras candidaturas.
Enfim, veremos quem ganha mais votos se o camisola amarela ou o candidato a motorista do carro -vassoura. Um apelou ao coração, esperando que a sua imensa bondade condoesse os vila-relenses ao ponto de votarem no homem dos pacotes de Nestum e dos fardos de palha. O Luís optou por uma encenação desinteressada e que, por grande coincidência chegou ao Postal do Algarve que até lá tinha o fotógrafo para tirar as fotos.
Aliás, ambos levaram fotógrafo, um para mostrar o camisola amarela mais o seu aguadeiros com ares de Marqueses de Pombal. O outro para fotografar o momento da ajuda desinteressada.
Enfim, não diremos que são dois artistas vila-realenses, já que pelo menos na foto do Araújo apenas o jovem beneficiário da bondade araujiana era da terra.