O caso passou-se numa escola de Monte Gordo. Desde que foram transferidas algumas competências na área da Educação para o Município, permitindo preencher os quadros das escolas por decisão do Governo e graças às suas transferências financeira para o efeito, o de Araújo andou nas escolas cobrando o “favor” funcionários, chegando a reuni-los no Centro Cultural para um dos seus comícios oportunistas.
Como é sabido o nosso de Araújo tem um verniz muito fino, que estala com muita facilidade, entrou em modo de verdadeiro Araújo, que a funcionária estava a ter atitudes de uma cuica e que graças a ele (e não ao Governo que transferiu as competências e o dinheiro) estavam a ser resolvidos muitos problemas e que os funcionários lhe deviam agradecer (imaginamos que até à eternidade e votando nele) tinham resolvidos os problemas de emprego.
Mas o de Araújo teve o azar de ir bater na porta errada, pedindo gratidão da parte de quem não precisou nem precisa dele para nada. A funcionário respondeu-lhe com dignidade, que tem muito orgulho em ser cuica e de ser de Monte Gordo, bem como a família. E acrescentou, para conhecimento do senhor, que pertence ao quadro de pessoal da escola há oito ano, acrescentado que ao de Araújo só faltavam dois para terminar o mandato e e sair da CM.
Ao que parece o comício correu mal ao de Araújo, terá metido o rabinho por entre as pernas e terá ido fazer comícios para outro lado.
Para além de revelar a natureza frágil do seu verniz, o oportunismo e mentira com que gere a CM, ainda revelou um desprezo por uma comunidade, comportamento que já não se via há décadas, o que significa que quando veio para nossa terra este senhor que se exibe de cravo na lapela no 25 de Abril foi buscar atitudes típicas do fascismo.
Brevemente dedicarei o post aos cuicos, mas por agora apenas recordo ao de Araújo que o concelho tem orgulho nas suas gentes e que a giesta desta comunidade que começou pesca na praia de Monte Gordo, enfrentando as piores condições de vida e enfrentando uma marginalização e desprezo social, que é intrínseco à forma como se referiu à origem da empregada.
Ao contrário do de Araújo e graças ao seu trabalho, sem cunhas para chegar a lugares do Estado e sem cargos políticos, hoje a comunidade cuica tem fortes motivos de orgulho e se for legítimo olhar com sobranceria aqueles que julgamos mais pobres do que nós, há muitos cuicos que podem olhar para ele de cima para baixo.
Se tem dúvidas então pergunte ao cunhado ou aos poucos que estão do seu lado e que têm beneficiado dos seus favores à custa do cargo que exerce.