O ESTACIONAMENTO TARIFADO NÃO TINHA ACABADO?



Há um ano atrás, o presidente de Araújo festejou o seu primeiro ano de mandato com uma medida verdadeiramente espetacular, anunciou o fim do estacionamento tarifado, durante dois ou três dias os seus apoiantes entretiveram-se a anunciar a boa nova, apoiantes e membros das suas listas eleitorais, como o Paulo Karussa (candidato à CM) e Luís Camarada (candidato à AM) apressaram-se a da a boa-nova nas suas redes sociais. Os montegordino quase festejaram e em VRSA o pessoal exultava de alegria.

Só que o anúncio feito pela CM no Facebook era manhoso, o título anunciava uma coisa e o texto sugeria outra, algo que obrigou a presidente da AM a descartar responsabilidades, esclarecendo no seu Facebook que, afinal, era intenção.

A decisão de romper com a ESSE foi colocada na Assembleia Nacional e o presidente de Araújo assegurava que tinha fundamentos jurídicos fortes para avançar, ainda que do lado da oposição não faltassem dúvidas com fundamento.

Como era de esperar a empresa interpôs uma providência cautelar de que a CM recorreu, o presidente de Araújo chegou a fotografar-se ao lado da estátua do António Aleixo em Loulé, onde se localiza o Tribunal Administrativo, onde era discutida a providência cautelar. Ao que nos chegou, o presidente de Araújo espetou-se, parece que meteu os pés pelas mãos e perdeu a causa.

Passou um ano, não só o estacionamento tarifado não acabou, como a própria CM que tinha anunciado a decisão continuou a cobrar nos parques que ainda explora.

O resultado da manobra é um processo judicial e a CM contratou um dos escritórios de advogados mais caros da capital, o que significa que os juristas de confiança do de Araújo sabem tanto de direito como nós sabemos de lagares de azeite. Têm um rebanho de juristas, desde o Ernesto ao Chegano e passando pela assessora e filha do líder local do CHEGA, mas quando é preciso um advogado gasta-se uma fortuna.

Por agora a CM paga a primeira tranche, porque este processo vai durar e a probabilidade de a CM perder a causa é bem grande, sendo de esperar mais adjudicações por conta da decisão apressada de acabar unilateralmente com o contrato com a ESSE.

Isto é, não só o estacionamento continua a ser pago, como agora a CM gasta em advogados e, muito provavelmente, vai ter de pagar uma indemnização choruda à ESSE, porque temos uns senhores chamos Araújo, Setúbal, Ernesto e outros que não primam pela competência.

Enfim, como diz o povo “cadelas apressadas parem cahorros cegos”.