O processo do empobrecimento do concelho chegou a tal ponto
que há quem fique eternamente grato por receber um lugar de POC, podendo ganhar
abaixo daquilo que em Portugal é considerado o limiar de pobreza. Se
considerarmos que o rendimento médio anda nos 800€ quase temos de concluir que no
maravilhoso modelo social que resultou da acção combinada entre o Instituto de
Emprego, a Câmara Municipal e a Mão Amiga ter um ordenado mínimo já significa
pertencer à classe média.
Vejo quem ande por aí a escrever loas sobre as maravilhas do
concelho, mas a verdade é que o modelo de crescimento dos últimos anos tem
assentado na criação de empregos com muito baixos níveis salariais e, em muitos
casos, sem qualquer progressão ao longo da carreira, isso quando o emprego não
é precário.
Apesar de haver por aí quem ande a sugerir que VRSA está na
senda do progresso e da maravilha, ao mesmo tempo que quase se criminaliza quem
faça a mais pequena crítica, chegando-se ao ridículo de se criticar quem
publique uma imagem mais antiga, como se isso prejudicasse o concelho, a
verdade é que VRSA quase parou.
A verdade é que mesmo sem alguém que fez tudo e não deixou
um tostão para gastar, os concelhos limítrofes apresentam melhores resultados e
ao mesmo tempo que outros progridem nós paramos no tempo.
Endividado, com taxas camarárias das mais altas do Algarve, sem capacidade de estimular o crescimento, o grande problema do concelho é saber como romper este ciclo de pobreza a que a máquina eleitoral oportunista que foi montada ao longo de mais de uma década. É preciso dar nova orientação À CM, exigir aos responsáveis do IEFP que adoptem políticas de emprego em vez de tranSformar VRSA na Poclândia e meter as IPSS no seu lugar.