A POCLÂNDIA

 


Fala-se muito da dívida e sem dúvida que é o problema mais grave que o Município e o concelho enfrenta, até porque sem qualquer capacidade de investimento ou de comparticipação nos investimentos co financiados pelos fundos comunitários, o concelho vai afundar-se ainda mais. Se não atrai investimentos, cria-se menos riqueza e as receitas municipais estagnarão. 

Mas as consequência de mais de uma década de irresponsabilidade na gestão do Município vão para além da ruína das instituições autárquicas. Ao contrário do que alguns sugerem, a orgia financeira pouco ou nada contribuiu para o desenvolvimento económico e social, não resolveu o problema de pobreza e acabou por o aumentar. 

A verdade é que o poder local parece ter-se associado aos responsáveis locais do IEFP para promoverem uma espécie de Poclândia, em vez de qualificação e criação de riqueza estas entidades promoveram a subsidiodependência, gretando um exército de eleitores que de quatro em quatro anos era mobilizado para decidir eleições. 

Nas últimas eleições o Município, o IEFP local e a CM juntaram-se para colocar centenas de POCS., eram tantos que alguns ficavam em casa, mas centenas de POCS representaram centenas de famílias e tantas famílias são muitos votos. A isto juntaram-se mais de 350 mil euros em donativos monetários distribuídos pela Mão Amiga e pagos pela CM. 

VRSA foi dominada por uma máquina geradora de pobreza, alimentada por este triângulo gerador de subsídio dependência, formado pelo IEFP, a mão Amiga e a CM. Se a Poclândia fosse uma monarquia o Rei seria o Luís Gomes, a Rainha seria a São Cabrita, o primeiro-ministro seria o Álvaro Araújo e este teria como ministra adjunta a presidente da Mão Amiga e como chefe de gabinete o Machado.