No reino em que está transformado o nosso concelho há famílias que parecem ser da nobreza, há mesmo as famílias reinantes e as famílias da nova nobreza, umas chegaram ao poder e outras, como os Setúbal e os Araújos fazem alianças para ocuparem todos os lugares no poder, assegurando mesmo que a descendência fica na linha de sucessão, ou, pelo menos, com um bom emprego.
Em 2017 uma família assumiu o reino, ainda que tenha acabado em desgraça e em vez dos três mandatos com que sonharam, acabaram por abdicar do trono ali para os lados de Évora. Foi por essas bandas que se notabilizou um Geraldo que ganhou o nome de Geraldo sem Pavor. Nestes novos tempos por ali também ficou famosa uma São, a São Apavorada, tão apavorada que foi o único político português que pediu a demissão dos cargos, antes que o juiz decretasse a prisão preventiva.
Mas setembro de 2017 eram tempos de alegria, uma alegria transbordante que nem cabia nas camisolas da Agora era São, uma alegria que não cabia na t-shirt, afinal dava-se início a uma nova dinastia, a dos Cabritas, que depressa se comportariam como se fossem donos da terra. O problema é que se esqueceram que tinham ficado à consignação, o ainda rei da terra só fez um interregno no seu reinado, dedicou 4 anos a uma carreira de cantor, a lembrar o Bardo dos livros do Astérix. Ao coitado do Obélix desta vez nem ter caído no caldeirão da poção mágica ou safou, há quem diga que vai meter uma banda gástrica para ver se fica tão elegante como o Astérix.
Entretanto, o Bardo parece estar a ter dificuldades,
enquanto esteve fora o seu fiel escudeiro, o moço de Viana conseguiu que o Setúbal
o promovesse a candidato, a troco de um tacho de chefe de gabinete e de meter a
filha na lista, agora tenta destronar aquele que em tempos acompanhou no bar
dos pescadores de Monte Gordo. Agora continua cliente das caldeiradas e do
tinto e das caldeiradas, mas já sem o bardo, parece que agora quem o leva às
caldeiradas é o pessoal do caraoque.