A LEGITIMIDADE DAS QUESTÕES
O designado grupo dos moradores do Cine-Foz
reitera a sua natureza apartidária e a legitimidade das questões que tem vindo
a levantar e ainda não foram respondidas. Rejeita por completo as acusações de
que tem vindo a ser alvo, de elitismo e oposição à contrução da habitação
social no concelho de Vila Real de Santo António.
Com o
intuito de melhor esclarecer a população, informa que toda esta situação surgiu
quando ficámos a saber que, perante um concurso aberto pelo município para a
construção de habitação a custos controlados,orçando em 27 milhões, a
construtora Green Prime, cujo capital social é de 100 euros, e que venceu o
referido concurso, adquiriu o terreno provavelmente mais caro da cidade, junto
ao centro histórico e com vista rio,
onde o IMI é tão caro como na Avenida da
Liberdade ou na Quinta do Lago
Perante a
estranheza dos moradores, foi efetuada pelo executivo camarário uma sessão de
esclarecimento, que não esclareceu o facto de se estar a escolher uma zona
nobre e tão cara para acudir aos que necessitam de casa quando com a mesma
verba se poderia conseguir um número muito superior de fogos, construídos em
terrenos camarários existentes e disponíveis e com isso auxiliar muitas mais
famílias.
Mantivemos,
pois, a nossa preplexidade, mesmo depois de termos estado presentes numa
Assembleia Municipal (26 de junho, a gravação é publica) onde assitimos a uma
tentativa de partidarizar as questões que levantávamos, tentativa essa que foi
por nós rejeitada claramente. Da mesma forma, tem vindo o Sr. Presidente da
Câmara a tentar fazer-nos passar por um grupo elitista o que não passa de uma
estratégia para tentar descredibilizar a
pertinência das questões que levantámos
e desviar a atenção de algo que realmente interessa a todos.
Dia trinta de
julho, a última segunda-feira, a Câmara Municipal voltou a organizar uma sessão
de esclarecimento. Desta feita, convidou para a mesma o IHRU (Instituto de
Habitação e Reabilitação Urbana), tendo intitulado esta sessão de “Construção
de novos imóveis nos terrenos do Cine-Foz”. Mais uma vez adensou-se a nossa
perplexidade quando a representante do IHRU revelou que desconhecia o que era o
projeto do Cine Foz, que o mesmo não havia ainda sido avaliado por esta
entidade, pelo que o desconhecia. Perante a situação inusitada, apenas debitou
sobre o que é a missão e competências do IHRU.
No final da sessão, as verdadeiras questões que se levantam em torno desta construção não foram abordadas. Tudo o que de estranho rodeia este negócio continua sem explicação. Porque haveria um município de gastar 27 milhões de euros na compra de 114 fogos, nesta localização, se em outra localização a mesma verba vinda do PRR permitiria comprar um muito maior número de apartamentos e com isso satisfazer as necessidades habitacionais de muitas mais familias?