CAMPANHA ABSURDA E DUVIDOSA

 


 

Aquilo a que estamos a assistir em todo o concelho é do domínio da loucura, dois candidatos digladiam-se nas rotundas do concelho, gastando dinheiro a rodos e gozando com as dificuldades dos que sofrem com as consequências económicas da pandemia. Enquanto uns precisam de ajuda, os candidatos dos grandes partidos batem-se violentamente atirando milhares de euros à rua a um ritmo impressionante. 

Estaremos a escolher os candidatos que querem gerir um Município falido e com uma dívida de quase 150 milhões de euros? Não há explicação racional para tão grande investimento na imagem de dois políticos em dificuldades, um pelo que fez e o outro pelas relações com o regime, quer pelas ajudas dadas com colocação de muitos POC em ano eleitoral, quer pela sua presença na Mão Amiga. 

Enquanto um candidato promove uma campanha brutal, a que nem os passeios do concelho se escapam para montar estrutura metálicas, onde ficamos a saber o que ele diz que fez mas onde se esquece de informar que não pagou. O outro chega ao disparate de meter o mesmo outdoor aos pares em várias rotundas, para nos certificarmos de que tem uma cara com uma pele bem tratada. 

Os cartazes do Luís são do próprio, já que não insere qualquer sigla do PSD, como se fosse um candidato independente e nada tivesse que ver com o que se passou nos últimos quatro anos, como se não tivesse sido ele a escolher a São ou o Luís Romão. Com esta omissão o PSD não tem que responder pelo financiamento da campanha. Já o candidato dos POC identifica o partido. Porque razão o PS investe num candidato com uma mega campanha ainda antes de se terem realizado as eleições presidenciais? O PS que nas últimas autárquicas não tinha dinheiro, aposta agora uma fortuna no candidato dos PC e da Mão Amiga e atira dinheiro à ruía a meio ano das eleições? Acredita quem quiser. 

Com esta luta querem que os vila-realenses escolham o político que se quer sacrificar ficando a gerir o Município mais falido do país, com um a dizer que tem a cavilha da bazuca e o outro a assegurar que ainda vai fazer mais com menos dinheiro? Ou estaremos a escolher qual o clã da hotelaria e da construção civil que vai abocanhar algum espaço que ainda resta, como é o caso provável do Parque de Campismo? Quem lhes paga, o partido ou outros interesses? 

Entretanto, vão gastando fortunas antes que a lei os obrigue a declarar as despesas de campanha. Sabem o que fazem, ao gastarem o dinheiro agora este não terá de ser contabilizado como despesa de campanha.