A equipa do PSD na CM, que agora conta com o segundo eleito pelas suas listas à CM como presidente por acidente, consegue um acordo com a Águas do Algarve, na sequência dos compromissos assumidos com (ou impostos pelo) o FAM. Esta equipa, de que há muito Luís Romão faz parte, depois de esgotado o crédito, sem mais fornecedores dispostos a serem enganados e com pouco mais para vender, financiou o desvario financeiro fazendo suas as receitas da água.
Agora, que o FAM impôs um acordo a CM tenta exibir um grande sucesso, como se o reconhecimento de uma dívida representasse alguma recuperação financeira. A verdade é que essa dívida só podia ser paga, se deixasse de ser litigiosa, porque enquanto a decisão dependesse de tribunais o FAM não poderia proceder ao pagamento.
Este acordo significa que a CM deixou de dever à Águas do Algarve e passou a dever ao FAM. Lamentavelmente os que arruinaram a autarquia e tiveram de reconhecer uma dívida que chegou a ser mais de 155 milhões, tendo sido reduzida graças ao apoio do FAM, armam-se agora em grandes gestores, porque o FAM os meteu na ordem.
Com uma divida superior a 13 milhões, se a CM não acabasse
com a pantomina da dívida litigiosa, acabaria por ser condenada a pagá-la e
nessa ocasião muito dificilmente poderia recorrer novamente ao FAM.