OPORTUNISMO POLÍTICO

 


As cartas de rescisão de contratos de arrendamento que os residentes de alguns bairros fizeram aparecer dois candidatos que andaram desaparecidos, um andou a fazer de cantor, o outro esteve entretido na Mão Amiga e a contratar dezenas e dezenas ou mesmo centenas de POCS para ajudar a São Cabrita a ganhar eleições.

Recorde-se que não é a primeira vez que estas cartas são recebidas, há quase dois anos foram enviadas para o prédio da Rua de Angola. Que fizeram estes candidatos? O primeiro não apareceu e o outro fez uma visita ao prédio, muito depois de o problema ter surgido, fazendo-se acompanhar do causídico do seu partido, para, com artes mágicas, resolver o problema, prova de que o candidato Araújo sabe mais do que organizar peditórios na Mão Amiga.

O Homem descansou as pessoas, o causídico tinha descoberto a solução, os vereadores do PS fizeram a proposta, a São recebeu-a com agrado e simpatia, o PS cobrou a competência do seu fraco candidato em comunicado e passados meses sabemos o que sucedeu. Dessa vez o Luís Gomes optou pelo silêncio, apesar de ser líder local do PSD não fez nenhum directo, não defendeu a inconstitucionalidade de nada.

Desta vez o Luís Gomes apareceu e o Álvaro Araújo até participou numa conferência em Zoom sobre o problema da habitação, onde pouco mais fez do que falar como se estivesse a ler um papel escrito. O primeiro inventa dinheiro em terrenos que estão disponíveis para mais uma das suas soluções. O outro pede ajuda à secretária de Estado da Habitação, como se o país fosse uma república das bananas e o Governo da República estivesse ao serviço dos candidatos de um partido.

Tanto um como o outro tratam os vila-realenses como pacóvios, um inventa soluções e o outro parece ler um papelinho onde pede ajuda ao Governo, como se ele tivesse o exclusivo dessa ajuda, ao mesmo tempo que se socorre de uma posição do sue partido na AM, para dar ares que fez oposição, quando em mais de uma década não apareceu e pelo caminho andou pela Mão Amiga, ao mesmo tempo que o centro local do IEFP parecia ser uma delegação da CM.

É lamentável que estes candidatos, velhos amigos agora aparentemente desavindos, insistam em usar os problemas dos concelhos para obter votos fáceis, fazendo surf sobre os graves problemas sociais do concelho.