Tem razão quem colocou ontem escreveu este comentário no LdF? É verdade que muitos eleitores gostam de ser enganados com falsas promessas e a situação social no concelho é tão má e os políticos têm tão poucos escrúpulos que até oferecem lugares de POCS a troco de simpatias eleitorais.
Quando alguém se sente no dever de obediência eleitoral porque vai ter um falso emprego onde ganha metade do rendimento do limiar da pobreza, sem quaisquer direitos teremos de questionar como é que estas pessoas se sentem gratas por receberem um subsídio estatal como se fosse uma gorjeta de um político caridoso.
É verdade que já há quem tenha decidido o voto porque prometeram casas, compra de prédios que supostamente eram habitação social, garantias de promoção na CM, lugares de assessores, empregos, etc., etc.. É evidente que estes eleitores ainda não sabem que a CM está falida.
Mas, se uns são enganados há os outros que gostam de receber benesses mesmo sabendo que essas mesmas benesses são conseguidas à custa da destruição de um Município. Há por aí por aí empresários que levaram um o colo e agora querem ser eles a escolher o próximo. Há os que andam a falar de desenvolvimento mas sabem que durante anos apoiaram o regime e nunca abriram a boca.
A história eleitoral de VRSA deveria envergonhar muita gente e não nos referimos aos mais carenciados, aos bairros, ou os grupos étnicos. Referimo-nos aos que se renderam porque o Luís lhe contratou a esposa, aos que há mais de uma década anda a financiar as campanhas, aos que a troco da obediência política receberam compensações em depósitos de gasolina, em horas extraordinárias que não fizeram ou a ajudas de custo sem justificação.
Agora fala-se muito de luvas e de corrupção, mas não foi apenas a corrupção financeira que arruinou o município. Podem porfender-se os corruptos, mas será mais difícil eliminar a corrupção moral. Anda por aí muita gente que apoiou o Luís ou esteve cobardemente calda, que agora anda armada em líderes da oposição ou, pior do que isso, tentam levar outra vez o Luís ou colo ou porque receiam que este possa perder apostam num sucedâneo.