Andam por aí candidatos de dois partidos armados em homens do fraque dos votos, cobrando votos aos vila-realenses como se todos estivéssemos em dívidas para com eles. Segundo a lógica deles devemos dar-lhes o voto em sinal de gratidão.
O Luís Gomes anda por aí a sugerir que fez uma série de coisas como se sem a sua generosidade nada tivesse sido feito, escondendo que depois de tudo o que fez fomos ultrapassados por muitos concelhos nos ultrapassaram. Só se esqueceu de dizer duas coisas, que nada fez com o seu dinheiro e que quase tudo o que fez ficou por pagar.
O deputado do PS sentiu-se diminuído e como em matéria de marketing eleitoral segue a receita vitoriosa do seu velho amigo, decidiu cobrar a sua dedicação à terra nos seus empregos. Será que os lugares de professor e no IEFP do candidato foram desempenhados a título de voluntariado? Bem, calhando é por isso que o homem tem uma brilhante carreira de nomeações no IEFP sem ter feito um único concurso, situação um pouco anormal, senão mesmo ilegal, no Estado.
Um gastou dinheiro à tripa forra, o outro tem um bom emprego sem concursos e são os que ganham menos do que eles, que têm de fazer concursos e que trabalham a vida toda que ainda estão em dívida com eles? Fizeram-nos o favor de viver melhor do que os outros à custa do Estado e da política?
Convenhamos que este discurso que visa inverter as situações,
colocando os eleitores numa posição de endividados em relação aos políticos além
de abusiva e oportunista, não passa de parolice de políticos incompetentes e
desajeitados.