AFINAL HAVIA OUTRO



Desde que com a ajuda do seu assessor de imprensa o nosso senhor presidente parece ter lançado uma mega-operação junto da comunicação social, na esperança de eliminar politicamente o Luís Gomes, uma estratégia que consiste em ser candidato único tendo por oposição apenas o PCP do José Cruz (um dos ilustres convidados no banquete de luxo dado aos amigos no âmbito da palhaçada medieval), têm sido feitas insinuações a propósito do destino de um empréstimo de 2,7 milhões, concedido pelo BCP.
A propósito deste empréstimo o nosso senhor presidente disse em repetidas intervenções que não sabia para onde teria ido o dinheiro. Disto desta forma estamos perante uma insinuação grave, já que se deixa ao critério de cada um imaginar o que teria sido feito do dinheiro, até poderíamos pensar que poderia ter sido roubado.
É óbvio que o mesmo contabilista canalizador que se armou em auditor para vasculhar os arquivos, provavelmente na esperança de se livrar do opositor, talvez o mandando para Évora, poderia ter consultado as contas da SGU e ter apurado a utilização dada ao dinheiro. Mas, se o tivesse feito não haveria matéria para insinuações.
Mas pelo que se pode ler numa notícia de hoje no Expresso, notícia a que voltaremos, ficamos a saber, que afinal o dinheiro não desapareceu e que da dívida inicial de 2,7 milhões a atual equipa autárquica herdou uma dívida de 466.000€.
Agora o crime é outro,lembrando-nos a música "afinal Havia outro", da Mónica Sintra. O dinheiro foi utilizado, não se questiona se bem ou mal, estamos perante um crime porque foi usado de forma diferente do aprovado nos órgãos autárquicos. Isto é, o velho amigo do ex-autarca, uma espécie de BFF (Best Friend Forever, o próximo cromo do Araújo), quer à viva força livrar-se pela via criminal, isto é, parece que quer ganhar eleições por falta de candidatos e com a ajuda da ramona para Évora.
Bem, por esta ordem de ideias parece que teremos de fazer uma carreira para Évora já que crime bem mais grave e certamente crime, para não dizer que pelo menos um crime, poderá ter sido a adjudicação da obra de reparação do telhado, cujo contrato foi assinado e publicado muito depois da obra estar concluída, indício muito forte de falsificação de documentos, de violação da lei da contratação pública e, eventualmente, de participação económica em negócio, algum muito grave no nosso Código Penal.
Sobre o artigo do jornal tem vários temas que merecem análise e quanto a contratos falsos e outras coisas ficaremos sentados na primeira fila para assistir aos acontecimentos.
Deixamos aqui uma sugestão ao nosso senhor presidente, no próximo baile de Cacela em vez de meter a musica do mamei na Cabritinha, peça para porem o "Afinal Havia outro" e dá o seu pezinho de dança ao som da Mónica Sintra.