CROMOS DO ARAÚJO: O MAL EDUCADO


Concluindo algumas questões na última Assembleia Municipal, um deputado municipal (Francisco Lança, da Candidatura Independente) concluiu que a autarquia ou trabalhava para resolver os problemas do Município ou estava a “trabalhar para o boneco”.

O nosso senhor presidente, muito indignado, considerou que o deputado estava a chamar-lhe boneco e a partir daí achou que poderia ofender um deputado eleito pelos vila-realenses, chamando-lhe boneco e a partir daí desatar a dizer um chorrilho de asneiras.

Já que o nosso senhor presidente era professor de espanhol, não sabemos se pensou que o deputado municipal usava uma expressão espanhola e se essa existe desconhecemos o seu significado. Mas deste lado da fronteira dizer que uma autarquia trabalha para o boneco é tudo menos chamar boneco ao presidente da CM, já que ele não é a autarquia, ainda que às vezes se comporte como se pensasse que é.

Trabalhar para o boneco é uma expressão comum, não é propriamente linguagem imprópria e nada tem que não possa ser usada numa Assembleia Municipal ou na Assembleia da República. Trabalhar para o boneco significa muito simplesmente trabalhar para o nada.

Mas este momento revela uma nova faceta do nosso senhor presidente, a falta de educação.