CROMOS DO ARAÚJO: THE TOP MODEL




Desde o primeiro dia em que o modesto chefe da repartição de emprego apareceu como candidato que é visível o narcisismo político da Personagem. Não lhe bastou encher o concelho com outdoors com a sua foto (tem terá financiado?), como, desde então, não se cansa de tirar fotografias.

Tudo serve para se fazer fotografar, não importa o acontecimento, o homenageado, a notícia, é sempre ele o mais fotografado, senão mesmo o único. Tudo no Município gira em torno de um único objetivo: fotografar esta criatura. Os encarregados avisam o fot-motorista de tudo o eu se faz, para este agendar uma deslocação fotográfica. Se vai a uma reunião institucional, faz-se acompanhar do foto motorista, chega ao ridículo de numa reunião com o ministro das Finanças o foto motorista ter sido corrido da sala.

Tudo é motivo para ele se fotografar, a agenda de trabalhos do Município não tem como centro de interesse os munícipes, tudo o que faz serve apenas para mais uma oportunidade fotográfica. Esta equipa autárquica não trabalha para o município, serve apenas para promover o narcisismo político do autarca. Nem os vereadores aparecem, se isso acontece é apenas para vermos o Babitão, a Pires ou o Cipriano a fazerem de figurantes, parece que foram eleitos para desempenhar este papel ridículo .

Não se respeita a privacidade dos cidadãos, usa o estatuto de autarca para fotografar os funcionários da autarquia, colocando as suas fotos na sua página política, como se todos fossem seus apoiantes. Usa e abusa da imagem dos políticos de outros partidos que participam nas mesmas reuniões que ele, dos funcionários da autarquia, do cidadão comum, de homenageados, de atletas, de crianças, todos servem para promover a sua imagem na sua página política, numa campanha política absolutamente invasiva, abusiva, oportunista e imbecil.

Já há quem diga que há neste comportamento algo que deve ser do foro da psicologia. Não iremos tão longe, mas se de um ponto de vista pessoal cabe a autarca escolher a forma mais eficaz para cair no ridículo, numa perspetiva política começa a ser óbvio que se o Freud fosse vivo, estenderia a perturbação de personalidade conhecida por narcisismo aos políticos, caracterizando comportamentos políticos claramente narcisistas.