OCUPAÇÃO DOS TEMPOS LIVRES


Qualquer autarca competente, responsável e que sabe para o que foi eleito considera a educação e, em particular, dos mais jovens como uma prioridade. Num concelho em que a crer nos rankings dos exames do ensino secundário está quase no fim da tabela, esta prioridade deveria ser absoluta.

Uma autarquia competente pode fazer muito para melhor a qualidade do ensino e a capacidade de resposta aos mais jovens e num concelho onde os meses das férias escolares coincide com os meses em que mais se trabalha, a ocupação dos tempos livres deveria ser uma grande preocupação.

Não está em causa apenas facilitar a vida de muitas famílias, mas também proporcionar às crianças e jovens um complemento educativo, desportivo e cultural, usando este período para lhes proporcionar melhores condições de sucesso escolar, evitando que fiquem “ao Deus Dará”, com todos os risco que isso envolve.

Mas parece que essa não é nem a preocupação, nem a prioridade do nosso senhor presidente, se durante o ano a CM ignora as crianças e jovens, nada investindo na cultura, educação e desporto, caindo o nosso senhor presidente no ridículo de tentar dizer que comprando meia dúzia de bancos de madeira para os recreios das escolas está investindo nas escolas.

É inaceitável que em VRSA quase não haja oferta de ocupação de tempos livres, a que há é escassa, incompleta e má qualidade. O Pouco que se faz é na Junta de Freguesia e mesmo aí pouco mais é do que entreter as crianças, sem sequer se oferecer refeições, o que obriga os pais a fazerem metade do trabalho.

Quando vemos o nosso senhor presidente gastar mais de 100.0000 euros numa palhaçada setecentista, gastando mais de 11.000 euros só num banquete para os amigos e apoiantes eleitorais. Teremos de concluir que o problema não será de dinheiro. A verdade é que o nosso senhor presidente investe muito mais no seu futuro político do que nas nossas crianças e jovens, usando o dinheiro de todos nós em seu favor, para promover a sua imagem, transforando um mandato autárquico numa campanha eleitoral de quatro anos, em que só ele concorre e onde gasta os dinheiros públicos para promover a sua própria imagem.

OS que trabalham pela economia do concelho, que investem na educação dos seus filhos e no futuro do concelho e que pagam os impostos que o nosso senhor presidente esbanja em palhaçadas, são muitas vezes obrigados a procurar em Castro Marim uma oferta educativa para estes meses de verão.

Até quando teremos de suportar tanto despotismo, oportunismo, incompetência e gestão irresponsável dos nossos recursos financeiros?