A via de um
professor nos dias de hoje é muito difícil, um sistema anacrónico de
colocações, a perda de direitos que os últimos governos se têm recusado a
devolver, cada vez maiores cargas de trabalho e más remunerações, a falta de
dignificação da profissão, entre outros fatores, contribuem para que o grupo
fundamental para o progresso do país não mereça o reconhecimento que merece.
Mas há alguns professores
que sabem fazer pela vida, descobriram que noutros lugares do Estado a vida é
mais fácil pelo que que fazem como o bacalhau do Continente, quando já atingiram
a maturidade vão para lugares mais tranquilos.
O Álvaro de Viana
que cá chegou atraído pela alfarroba depressa descobriu que as cunhas políticas
proporcionam melhor vida, depressa foi para o PS, e com as cunhas do partido
rapidamente se mudou para o IEFP, onde de cunha em cuinha, incluindo a do Luís
Gomes, se foi mantendo na chefia do IEFP local, até que o Rui Setúbal o
conseguiu meter em presidente da CM.
Depois, pela
sua mão chegam outros professores em busca de um lugar confortável. É bem mais
fácil ter um gabinete onde a sua função é andar com o Álvaro de Viana a pousar
para as fotografias. Ganha-se mais e trabalha-se menos tirando fotos de mãos
nos bolsos do que a trabalhar na escola.
E os que
pertencem ao partido do governo de que os professores tanto se queixam, são os
primeiros a viver à custa do sistema político, à sombra das cunhas políticas
desse mesmo partido.