O narcisismo político do Álvaro de Viana não se fica por nos
impingir centenas de fotos dele próprio sozinho, usando os vila-realenses como
figurantes involuntários ou com a primeira-dama, uma senhora que se mostra
orgulhosa do seu novo estatuto único, já que deve ser o único autarca a exibir
a esposa como se fosse uma figura institucional.
Também tem de deixar o seu nome em placas, mas isso acarreta
um problema, como colocar placas de inauguração se não fez nada?
É fácil, faz-se uns arranjos num edifício mandado construir
por um antecessor, que o construiu sem exibir a vaidade de colocar uma placa
com o seu nome. Depois coloca-se uma placa como o nome do Álvaro de Viana,
diz-se que construiu o edifício inscrevendo na placa que o mesmo foi por ele
inaugurado.
Por este andar o homem cola-se a tudo o que foi construído
pelos seus antecessores, acusando-os de terem deixado dívida, para reinaugurar
o que gerou essa mesma dívida. Brilhante, os outros ficam com a fama de terem aumentado
a dívida e ele inaugura sem nada investir. Brilhante mas ridículo!
O Marquês de Pombal que se cuide, um dia destes ele manda reparar um degrau do pelourinho e ele mete lá uma placa de inauguração da Praça Marquês de Pombal.