Ainda que com anos de publicação este comentário é atual e a pergunta pertinente:

Tendo a qualidade que a natureza lhe deu e que mantém intacta, porque perdeu Monte Gordo a clientela excelente teve e soube, amar, valorizar, dignificar “A Praia”? “

Este comentário poderia voltar a ser feito e seria ainda mais pertinente, qual a razão da decadência desta “mina de areia dourada” que poderia trazer progresso e mais riqueza ao concelho e em especial aos montegordinos? O que se fez ou o que não se fez para que Monte Gordo, que foi a primeira aposta no turismo algarvio, fique cada vez mais para trás?

Não se entende, na última década ainda se assistiu a algumas obras que permitiam esperar um caminho no sentido da recuperação da imagem de destino de excelência. Muito recentemente investiu-se, por exemplo, no passadiço, o que poeria ter sido o pontapé de saída para a promoção desta praia.

Mas aquilo a que temos assistido é à promoção do turismo pimba, para não dizermos chunga. Um turismo pobre, para não dizer paupérrimo, cujas maiores despesas, senão a quase totalidade, são feitas nos supermercados.

Parece que se mede o progresso pelos magotes de gente que se consegue reunir em festarolas do estilo pimba, como se as festas das minis ou provas de motoqueiros da Junqueira promovessem a imagem de Monte Gordo. Infelizmente promove, enquanto outras praias atraem a clientela de excelência, Monte Gordo fica com o refugo.

Como dizia Pereira de Campos exige-se um debate de opiniões e esse debate é urgente, porque estes últimos dois anos foram de destruição do que resta de Monte Gordo.

Queremos turismo que gere riqueza ou gente que vem para Monte Gordo dançar o pimba, pimba na cama ou o “aceita que dói menos”, como tem sido a política do Álvaro de Viana?