Depois do ciclo da pesca, da
indústria conserveira e das atividades conexas como a construção naval,
seguiu-se o ciculo do turismo e do comércio transfronteiriço. Se na época a
pesca gerou rendimentos relativamente elevados para a época, transformando VRSA
num dos concelhos mais ricos do Algarve e do país, onde todos os bancos tinha
agência e até o Banco de Portugal tinha uma delegação, o turismo e o comércio
transfronteiriço não trouxeram o mesmo esplendor, trouxe alguns endinheirados
graças aos negócios e ao câmbio ilegal da peseta, mas não impediu a decadência económica
do concelho.
A agravar esta decadência
veio a queda do comércio transfronteiriço e uma aposta no turismo barato. As
consequências são evidentes, VRSA apresenta uma média de rendimentos muito
baixa, é incapaz de gerar empregos qualificados e fica cada vez mais para trás
em comparação com os outros concelhos do litoral do Algarve.
Não são 20 empregos
remunerados pelo ordenado mínimo numa unidade de distribuição de peixe de
viveiros, onde o Pingo Doce emprega menos gente e com melhores ordenados do que
na sua loja que traz o progresso. Nem uma dúzia de unidades destas ou meia
dúzia de hoteis de conco estrelas, que empregaria duas centenas de
trabalhadores com ordenados mínimos que traria um progresso substância.
Como inverter esta tendência
para a decadência, que se tem vindo a acentuar nos últimos anos?
Para isso é preciso pensar no longo prazo, já que não é o fogo de artifício, queimando os poucos recursos disponíveis em festarolas, que trará o progresso. Tal vez leve os mais idiotas a volytar a votar num autarca que é tão ambicioso quanto incompetente, mas os vila-realenses pagarão com língua de palmo a promoção pessoal de um autarca que parece ter o cérebro no seu umbigo.