Uma das marcas da gestão do executivo do Álvaro de Viana é a
corrupção, não no sentido criminal até porque a investigação dessa cabe à justiça,
mas num sentido figurado, mais amplo, significando degradação de valores
éticos.
A tentativa de aliciamento sistemático de opositores,
chegando-se a oferecer lugares na CM a troco de bandeamentos, uma prática que
começou mal entrou em funções, é um atentado grave à democracia, que promove a
corrupção política. Se os cidadãos que entram nas listas sabem que podem trair
os seus eleitores vendendo o seu lugar nos órgãos autárquicos a troco de
empregos ou outros favores, deixa de haver democracia. Quem assim atua pretende
conseguir perpetuar-se a troco da destruição dos valores democráticos. Isso não
abona nada a favor de ume executivo de um Partido Socialista, já que cheira fascismo
que tresanda.
A democracia nas autarquias visa tornar o Estado próximo dos
cidadãos, ao elegerem presidentes de CM e de junta, vereadores e deputados
municipais ou nas freguesias os cidadãos sentem-se representados e são chamados
a participar na gestão das autarquias. Quando uma força política usa os
recursos do Município, que deveriam ser dirigidos para as necessidades do
concelho, para comprar opositores, está destruindo a democracia, está recusando
aos cidadãos que se sintam representados.
Usar os recursos do Município para “comprar” os eleitos pelas
oposições não só destrói a democracia, promovendo uma espécie de fascismo
autárquico, como corrompe os cidadãos. E essa corrupção de valores não é casual,
usam-se os recursos do Município desta forma para se obterem vantagens políticas.
Quando o Largo da Forca foi criado, o Rui Setúbal denunciava
com muita indignação situações que considerava compra de opositores.
Lamentavelmente o grande inventor do Álvaro de Viana parece ter mudado de opinião
e agora não só quer ter participação ativa como tenta conseguir de forma pouco
digna a maioria absoluta que os eleitores não lhes deram e, pior do que isso,
tentam instaurar uma espécie de “regime de fascismo autárquicos” para se
assegurarem de que o Álvaro de Viana, que lhe paga avenças chorudas se eternize
no poder.