Hoje comemora-se o Dia Internacional contra a Corrupção, um
dia especialmente importante para o nosso concelho face a fatos recentes. Mas
não é só em VRSA que as autarquias estão longe de ser a escola das virtudes de
que alguns falam, apontando os autarcas como futuros políticos nacionais
exemplares, antes pelo contrário.
Um pouco por todo o país as autarquias são notícias por
abusos, peculato, participação económica em negócios, tráfico de influências e
corrupção. EM vez desses políticos modelo que deveriam sair das escolas de boas
virtudes que deveriam ser as autarquias, assistimos a uma multiplicação de
políticos menos recomendáveis.
Se o combate à corrupção é fundamentalmente trabalho do
Ministério Público, cada cidadão tem o dever de denunciar publicamente ou junto
das autoridades os indícios de corrupção que políticos cometam no exercício de
funções, públicas seja na Administração Central, seja nas autarquias.
Mas o principal combate à corrupção que cada cidadão pode e
deve assumir reside na prevenção e a melhor forma de prevenir a corrupção é
exigir transparência e o respeito pelos valores democráticos. A destruição dos
princípios democráticos, a opacidade das autarquias, a falta de ética na gestão
da coisa pública, criam condições para o aparecimento de casos de corrupção,
está para esta assim como a humidade está para o bolor.
Compra de adversários, ameaças físicas a quem critica
autarcas, visitas domiciliárias noturnas a quem coloca likes em páginas
incómodas, nomeações de gente de confiança sem considerar a competência,
amigos, filiados e familiares e outros comportamentos são a antecâmera do
autoritarismo e serve para impedir que os cidadãos possam vigiar os autarcas e
isso é a antecâmara de um ambiente favorável à corrupção.