Um dos lados mais absurdos da política do Araújo é a
promoção do medo coletivo, nunca desde o 25 de Abril vimos um político parecer
sentir-se tão bem por inspirar o medo.
A regra no concelho a que muita gente obedece é “quem se
mete com o Araújo leva”. E a expressão é levada muito a sério já que são
públicas as ameaças físicas por parte do seu cunhado polícia, agora promovido a
braço direito do Araújo e seu adjunto, a quem critique o autarca. E não apenas ameaças
físicas e outras atuações que já suscitaram queixas junto das autoridades,
recordando outros tempos até fazem visitas noturnas domiciliárias a quem se
limite a colocar um mero like no Largo da Forca.
Quem toma a palavra numa reunião da Assembleia Municipal e
tem um negócio sabe que no dia seguinte arrisca-se a ter uma fiscalização à
esplanada conduzida pela enfermeira e um fiscal. Os da Urbanização Rias Parque
viram uma operação de multas de estacionamento a seguir a terem estado
presentes na reunião da AM. Uma residente do CINE FOZ foi ofendida por ter
falado e enquanto falava o cunhado do presidente foi sentar-se ao lado com ar
intimidatório, prática que é habitual.
O que pode levar a estes comportamentos que visam impor o
silêncio para que não se ouça uma crítica ao Araújo, a estupidez. O Araújo
confunde VRSA com a sua aldeia ou com o seminário onde andou e não aprendeu a
fazer homilias, ignora que VRSA tem uma história de resistência. Esquece também
que por mais mauzão que seja o cunhado e os seus pares, incluindo o Babita que
também gosta de dar ares da sua graça, há sempre uma voz que se levanta.