LARGO DA FORCA
Ao lermos as mentiras com que o Setúbal e o Araújo enganaram
os vila-realenses não sabemos se rir ou chorar. Algumas mentiras dão vontade de
dar umas gargalhadas, mas a verdade é que destas mentiras resultaram quatro
anos de desgraças para o nosso concelho.
Naquilo que designaram por “Eixo IV – uma autarquia mais
transparente e próxima das pessoas” o Rui Setúbal, que fez de Gepetto ao esculpir
o “Pinóquio” de Viana prometeram:
“Fomentar a participação cidadã na decisão política,
promovendo experiências de democracia deliberativa em torno de projetos
relevantes para o futuro do concelho e de fomento da integração das populações
nas fases de conceção, desenvolvimento e concretização das estratégias locais”
Mas que grandes farsantes nos saíram estes dois artistas, no
executivo os vereadores fazem de verbo de encher, o Araújo faz de presidente e
o Setúbal decide.
No grande projeto que é o empreendimento do CINE FOZ
promoveram a participação neste projeto relevante? Tudo às escondidas, tudo
opaco e quando as pessoas foram à Assembleia Municipal o que fez o Araújo?
Mandou o cunhado sentar-se ao lado de quem falava para intimidar ou, pior
ainda, ofender pessoas que intervieram.
Mas prometiam mais estes políticos bandalhos:
“Reforçar a transparência, melhorando os canais de
comunicação e interação de e com os munícipes, designadamente os canais
digitais”.
Então estes artistas nem os canais tradicionais, como
receber as pessoas, mantiveram, como iam criar mais canais? Ainda por cima a
maioria dos que são recebidos dão de caras com o cunhado, com o ar ameaçador e
intimidatório ao estilo dos maus polícias de antigamente.
Mas a palhaçada do programa vai mais longe e até promete
transparência e prevenção da corrupção. Ora, leiam o que nos propõem:
«Criação de um código de transparência e o registo de
interesses».
Criação de um conselho local de prevenção e combate à
corrupção.»
«Implementação do Balcão Virtual do Município, que permita
submeter requerimentos, consultar a respetiva tramitação, pagar taxas e aceder
aos serviços».
Três mentiras seguidas e num capítulo onde a mentira justifica
dúvidas legítimas: Porque em vez de transparência promoveram a opacidade?
Porque se esqueceram do código de transparência, do registo de interesses e do
conselho local de combate à corrupção?
A resposta é óbvia, não querem que as pessoas acedam à
informação para serem mantidas na ignorância e impedidas de escrutinar o
executivo, não querem que saibamos quanto ganharam, não querem que se combata a
corrupção.
PS: Pedimos desculpa ao Pinóquio e ao Gepetto, porque a
comparação do Setúbal e do Araújo é altamente ofensivo para estas personagens
da banda desenhada.
