LARGO DA FORCA
Quando, ainda no princípio de Dezembro, o candidato Araújo encheu o concelho de outdoors, dando sinais de riqueza em plena crise social, o ainda cantor Luís Gomez dava provas de franciscanismo escrevendo um post de levar às lágrimas, pela sua preocupação com os pobres. Dizia o cantor do “Milionário” que:
«PS inaugura campanha autárquica em VRSA: No meio da crise que atravessamos, quando todos os meios e esforços se deviam dirigir para atenuar os efeitos da pandemia, há quem prefira gastar o dinheiro em cartazes para umas eleições que só se realizam daqui a quase um ano. Que péssimo sinal de mudança …»
A crise ainda é a mesma e quando “esforços se deviam dirigir para atenuar os efeitos da pandemia” o agora reconvertido em Luís Gomes (politiqueiro e de novo com s) parece preferir gozar com a pobreza atirando dinheiro à rua. Isto é, estão muito bem uns para os outros, não passam das duas faces da mesma moeda miserável que há década e meia começou a circular na nossa terra.
O que explicará tanto dinheiro a ser gasto a tantos meses das eleições? Nalguém acredita que o Luís Gomes e o Álvaro Araújo gastam as suas poupanças com o objectivo de serem eles a servir os pobres? Se assim fosse mereciam o nosso elogio, só que como diria o outro se a política destes rapazes fosse servir os pobres as eleições realizar-se-iam na Playstation.
A verdade é que num concelho levado a uma ruína extrema ainda há muito dinheiro a ganhar, se isto fosse um concelho do interior da serra não se veriam tantos outdoors, porque não haveriam negócios como restaurantes nos meios das dunas, construção de passadiços com dinheiros públicos para dar uma boa vista a oito restaurantes, a maioria dos quais pertencentes a amigos.
Compreende-se tanto investimento, ainda há muitos milhões para dar de ganhar e apesar dos vila-realenses estarem condenados a nada receberem da nossa CM há por aí muitos gulosos interessados em que seja este ou aquele político a ganhar as eleições.
“Bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz, não olhes para o que ele faz”.
PS: o que é feito do candidato Araújo, esteve numa
conferência há mais de um ano e nunca mais foi visto. Quando o Rui Setúbal o
impingiu ao PS não era em nome da “unidade anti-Luís Gomes”?. Este candidato dá
mostra de pouca coragem, anda escondido atrás de um Facebook supostamente
íntimo e pessoal. Em vez de combater o candidato contra o qual representa uma
coligação imaginária, parece estar a ver os seus apoiantes lançarem sucessivos
perfis sujos, para difamarem tudo o que cheira a candidatura independente.
Enfim, começa a haver cheiro a cigarrinho no ar.
