HOTEL GUADIANA: LIMPINHO, LIMPINHO

 


Se alguém pensa que o assunto do Hotel Guadiana está encerrado desengane-se, é muito provável que daqui a um par de anos sejamos surpreendidos por mais uma factura decidia por um tribunal. Enquanto o agora felizes de um Hotel recuperado com fundos públicos poderão estar descansados, a CM vai pagando a advogados já que os antigos proprietários não se conformaram com o negócio. 

É um negócio limpinho, limpinho, limpinho, querem o Hotel? Fiquem descansados que este Estado de pacóvios iluminados usa os expedientes da lei, recorre a fundos públicos, vocês constituem uma empresa à pressa, são os únicos candidatos e pouco tempo está tudo resolvido, primeiro alugam e uns tempos depois compram o prédio. 

E assim foi, depressa o prédio foi vendido a uma leasing de um banco, não se percebendo bem se foi o banco o interessado, se alguém fez o negócio e depois mandou o banco “chegar-se à frente”. O preço do prédio estava no contrato inicial como uma opção, quem foram os avaliadores, foi feito qualquer concurso? 

Uma coisa é certa, os felizes compradores têm um hotel cujo edifício já lhes pertence, exploram um bar na melhor localização do concelho, onde beneficiaram dos amigos da DOCAPESCA que eram tutelados pela madrinha Ana Paula Vitorino, então ministra do Mar, e ainda ficaram com o edifício da Alfândega onde supostamente deveria estar o Centro de Interpretação do Guadiana, tal como foi anunciado num projecto que beneficiou de fundos europeus que envolveu os estados português e espanhol. 

Mas um dia destes e depois de pagarmos chorudos honorários, provavelmente ao escritório do Morais Sarmento, o mais caro do país, porque gente fina e tesa precisa de advogados poderosos. No fim é bem provável que tenhamos de pagar alguma indemnização aos antigos proprietários. 



Amanhã voltaremos ao tema, desta vez sobre o edifício mais nobre da Av. da República, que alguém disse que era para instalar um Centro de Interpretação do Guadiana, mas estava guardado para bar e sala de charutos do Grand House. Enfim, mais um “Grand” barrete, desta vez aos fundos comunitários e aos vizinhos da Andaluzia.