O presidente do FAM terá dito recentemente numa reunião da AM que se a CM fosse uma empresa estaria falida. Infelizmente parece que alguém decidiu não incluir estas declarações nos podcasts das reuniões, compreende-se, seria um libelo acusatório para o PSD VRSA. Mas também se virariam contra o próprio FAM, ao qual devemos muita da impunidade a que temos assistido.
O presidente do FAM foi muito simpático, se a CM VRSA fosse uma empresa muito provavelmente os seus credores teriam pedido a sua insolvência ainda no segundo mandato de Luís Gomes, pois é sabido que quando este iniciou o terceiro mandato a CM já estava tecnicamente falida, o que o levou a um pedido de ajuda do PAEL e depois ao FAM, não tendo respeitado nenhum dos dois acordos durante o seu segundo mandato.
Se as regras das empresas fossem aplicáveis à CM qualquer um dos seus muito credores, penalizados com atrasos de pagamento da ordem de vários anos, já teria pedido a insolvência da CM. Pior ainda, se a CM fosse uma empresas, depois de declarada insolvente seria gerida por um administrador judicial e haveria uma grande probabilidade de acusar os autarcas irresponsáveis de gestão danosa, senão mesmo de numerosas fraudes à lei.
Sabendo que isso não poderia suceder, os nossos autarcas estavam confrontados com dois caminhos: ou arrepiavam caminho, aproveitavam os financiamentos do Estado através do PAEL e do FAM, recuperando a situação financeira da CM. Ou optavam por recorrer à arte da gestão danosa em que estavam especializados e continuavam a recorrer a truques para prosseguir com a sua orgia financeira, à custa dos mais diversos truques para continuar a endividar o Município de forma oculta.
Se no fim do segundo mandato do PSD VRSA o Município de VRSA já estava literalmente falido como ficou depois de continuarem a aumentar a dívidas, recorrendo aos mais diversos expedientes duvidosos e nalguns casos ilegal. Se em 2015 a CM já estava falida e era incapaz de sobreviver sem a ajuda do PAEL e depois do FAM, agora está muito mais do que falida e muito provavelmente está numa situação irrecuperável.
Os últimos oito anos fruam de total irresponsabilidade e incompetência, foi preciso o FAM fazer chantagem sobre a São Cabrita, para que esta percebesse que corria um sério risco de vir a ser processada judicialmente e de ser condenada a pagar uma pesada indemnização ao Estado.
Mesmo falidos continuaram a alimentar a orgia financeira financiando-se com faturas escondidas em gavetas, com artifícios jurídicos para deixarem de pagar ás águas do Algarve, com milhões de dívidas litigiosas. Continuaram os honorários chorudos ao Morais Sarmento, a contratação de Tiagos, Orelhas e Cigarrinhos, continuou a vender-se a mentira, até que se sentiram denunciados pelo Largo da forca.
Onde esteve o FAM, a IGF, as mais diversas autoridades e a
oposição durante todo este tempo. É evidente que os nossos autarcas soubera
manipular e comprar opositores, calar partidos da oposição e conseguir apoios
dentro do PS de fazer inveja ao Araújo ou ao Setúbal. Mas sobre estas
conivências falaremos noutro post.