O EQUÍVOCO

 


 

Esta Páscoa trouxe-nos o Luís de volta, mais do que uma ressurreição ocorreu uma mutação, o cantor que usava botinhas brancas desapareceu e no seu lugar surgiu um novo políticoi, já sem aquele penteado com risca ao meio, agora tem um ar “normal” e diz que fez tudo. Fez tanto que se o pobre do Marquês ressuscitasse levaria uma abada eleitoral, afinal ele só fez casas velhas e o pelourinho. Tudo o resto foi o Luís, aliás, o Luís que fez. 

Há aqui um equívoco, o Luís já cobrou as operações às cataratas, que poderiam ter sido feitas em Portugal com melhores tecnologias e mais baratas, cobrou-as em eleições há muito realizadas. Cobrou as obras dos esgotos noutras eleições, aliás, cobrou pelo que ele fez e pela maioria das obras que nem foi ele que fez. 

Nas últimas eleições cobrou o passadiço e a marginal de Monte Gordo ainda antes de terem sido feitas, cobrou mesmo sabendo que o passadiço seria em grande medida pago pelos fundos europeus, fundos que graças à sua irresponsabilidade já não estão ao alcance do nosso Município. 

A verdade é que nada ou quase nada lhe devemos desde 2015, ele sabe muito bem que desde então nada fez, a própria São Cabrita já disse em off que durante esse mandato foi ela que assinou todos a papelada, enquanto o presidente andava por aí gastando os poucos trocos que conseguia arrebanhar na tesouraria. 

É bom lembrar que o agora Luís Gomes de novo com “s” não é um candidato independente, é o candidato do PSD, o mesmo PSD da São Cabrita, partido a que ele preside localmente desde há 16 anos. Portanto, o que ele tem de cobrar nestas eleições é o que o executivo do PSD fez ou não fez nos últimos quatro anos. 

Estamos disputando eleições autárquicas e não vamos decidir a quem atribuir um prémio de carreira, mesmo se essa fosse a eleições é bem provável que o senhor do “s” fosse derrotado, porque antes dele houve quem tivesse deixado mais obra. Se agora é Luís” este vai ter de mostrar o que fez enquanto foi “agora é São”.