LUÍS GOMES NO CARRO-VASSOURA

 

Por estes dias o Luís Gomez faz lembrar a senhora que foi assistir ao juramento de bandeira do filho e quando as tropas marchavam reparou que o filho era o único que tinha o passo certo. O cantor do “pobre Milionário” em vez de mandar cantar o “ele fez tudo” devia ter escrito uma nova canção com o título “Pobre ex- autarca”. 

A jogada estava bem montada, fazia uma sabática e quando regressasse era usar os truques do costume, a Soa diria agora é Luís, virava o disco e tinha direito a mais 12 anos de orgia financeira. O povo continuaria com medo, os grupos éticos votariam em massa nele, os envelopes mobilizariam os bairros. Era só lembrar a dívida aos filhos, netos e bisnetos do que foram a Cuba fazer uma operação que poderia ter sido feita em Portugal, por menos dinheiro e melhores tecnologias. 

Entretanto, o candidato da oposição seria um amigo a quem ninguém ouviu um guinchinho digno de um opositor, quem se manifestasse crítico nas redes sociais seria chamado para ouvir ameaças e quem se lembrasse de colocar likes numa crítica ouviria o telefone tocar. Um euromilhões de mais de 700 milhões de euros foi esbanjado ao longo de 16 anos, deu para condicionar o voto de famílias, etnias e grupos sociais vulneráveis. 

Só que a VRSA mudou muito e Luís Gomez foi surpreendido, foi o único que não mudou, que ficou no passado, pensando que o concelho que geriu como se fosse sua propriedade privada veio com os velhos truques e agora arrisca-se a ficar no carro-vassoura destas autárquicas. Não admira qo dinheiro que gasta em outdoors para nos ludibriar com a mensagem do “eu fiz tudo” ou, de forma subliminar, “eu investi tudo”. 

Só que já ninguém tem medo dele, as pessoas já opinam livremente nas redes sociais sem medo das alarvidades dos Cabritas ou dele, já todos perceberam como são explorados pela ESSE, pela empresa das águas. Todos sabem que nem há dinheiro para varrer as ruas ou manter vivos os jardins. 

EM plena crise social, com a CM sem um tostão para ajudar quem quer que seja, é ridículo ver o candidato do PSD vir fazer de conta que nada tem que ver com a desgraça, como se não fosse ele a mandar na CM até hoje, como se a CM não estivesse falida desde 2015, como se nada tivesse que ver com a gestão da São Cabrita. 

O homem pensou que era reaparecer e ter mais uma das suas maiorias alimentadas com os milhões que eram nossos e agora arrisca-se a ir parar ao carro-vassoura nesta corrida autárquica. Enfim, de milionário a pobre milionário viajando no carro dedicado aos trastes da política autárquica.