MENTIRAS E CRIMES

 



Ao longo dos tempos o Largo da Forca ouviu todos os podcasts das sessões da CM, denunciando as mentiras da ex-autarca e ponde em evidência alguns crimes. Não admira que a ex-autarca passasse a ter “insónias” por causa do Largo da Forca, a que se referia de forma genérica por “redes sociais”. 

Aqui foram denunciadas situações com fortes indícios de crimes. Por exemplo, a CM demoliu os antigos balneários de apoio à praia de Monte Gordo, uma construção com muitas décadas que se situava do lado nascente do Casino e que mereceriam ter sido preservados, com o argumento que ali não podiam haver construções em alvenaria. 

A seguir fez concessões de restaurantes que construíram alicerces em betão, enquanto a CM gastava fortunas a construir quiosques. Depois de um suposto contencioso com a APA a autarca teve de demolir os quiosques, mas o mesmo não foi feito aos alicerces, que ficaram no sítio e em cima dele fizeram colinas, para disfarçar o crime ambiental. Para além da ilegalidade de terem enterrado os alicerces, podemos considerar que as perdas financeiras resultantes de construções ilegais podem configurar um crime de gestão danosa. 

Outro bom exemplo é o edifício da antiga Alfândega, situado junto aos repuxos da Av. da República. O edifício foi recuperado com fundos europeus, com o compromisso assumido no quadro das relações fronteiriças. De ali instalar um centro de interpretação do Rio Guadiana. Entretanto, a autarquia cedeu aquele espaço ao Grand House, que inicialmente se propunha instalar ali suites de luxo, para depois destinar o espaço a bar e sala de charutos. 

Confrontada com o destino do edifício numa Sessão de Câmara, a autarca sugeriu que estava tudo parado, aguardando que os prazos legais lhe permitissem dar um destino distinto do que resultava da utilização de fundos europeus. A verdade é que os indícios de que poderia ter sido cometido o crime de fraude na obtenção de fundos europeus eram e são evidentes, há muito que o edifício já tinha sido cedido ao Grand House. 

Se nestes casos os indícios de prática de crimes são evidente, noutros negócios há razões para estranhar. Os negócios de terrenos para a instalação das lojas do Continente mereciam ser escrutinados, mas o negócio da antiga Praça do Peixe suscita muitas dúvidas. Autorizar que um quarteirão adquirido para a instalação de um hotel fosse utilizado na construção de apartamentos, um negócio especulativo e e altamente rentável, sem quaisquer contrapartidas suscita muitas dúvidas. 

Note-se que nalguns nestes negócios, como sucedeu com os terrenos em frente ao Vasco da Gama, foram aprovados pela Assembleia Municipal e os deputados municipais do PSD dificilmente poderão dizer que estavam distraídos. A São Cabrita poderá vir a ser condenada criminalmente, mas nenhum dos deputados municipais do PSD poderão ser ilibados das suas responsabilidades políticas, já que trairão o concelho e os cidadãos que neles confiaram.