INCOMPETÊNCIA E IRRESPONSABILIDADE CRIMINOSAS



Quem passa por qualquer obra constata que todas as barras de ferro que servem de vedação ou que são usadas para outro fim apresenta na ponta um protetor de plástico. Isso porque se alguém cai em cima corre um sério risco de sofrer um ferimento grave ou mesmo a morte.

Se numa obra, onde os trabalhadores estão atentos, sabem onde estão as vedações e usam vestuário protetor, maior cuidado deveria ter-se num passeio público e a verdade é que nos países e autarquias geridas por gente competente e civilizada tal barbaridade não se vê.

É necessário alguém ser muito incompetente e irresponsável, para colocar ferros sujos e ferrugentos sem qualquer proteção numa passadeira para uma praia, assinalando-os com uma fitinha da Proteção Civil. Trata-se de um local onde as pessoas vão descontraídas, onde as crianças correm e saltam, porque é um local que inspira ou deveria inspirar total confiança aos pais.



Passa pela cabeça de alguém que essas passadeiras tenham fraturas sem sinalização ou que os buracos num passadiço sejam cercadas de ferros espetados, com pontas e sem qualquer protetor, com uma altura que está ao nível do peito de uma criança ou da cintura de um adulto, sabendo-se que se alguém cair em cima de um destes ferros o mesmo entra por um lado do corpo e sai pelo outro, podendo atingir órgãos vitais e contaminando o corpo com a sujidade e ferrugem.

Estamos perante uma situação criminosa e se ocorrer algum acidente os responsáveis da autarquia, presidente, vereador do pelouro e responsável da Proteção Civil deverão ser acusados criminalmente e, em limite, poderão ter de enfrentar uma acuação de homicídio por negligência.

É esta a mudança vergonhosa e indigna que o nosso senhor presidente prometeu? Anda a passar o tempo promovendo a sua própria feira de vaidades, com selfies, reuniões e passeios, deixando o seu trabalho por fazer e, pior do que isso, colocando em risco a segurança dos vila-realenses e de quem nos visita.




Tem cem mil euros para desfiles, banquetes e bailes de máscaras, para depois poupar 9 cêntimos em protetores que podem salvar a vida a um adulto ou criança que vá à praia ou mesmo passear à noite pelos passadiços. É uma gestão miserável demais para ser verdade!

O mínimo que se espera que façam é que resolvam a situação e imediato e que o bandeado da Proteção Civil seja demitido para que se possa ocupar a tempo inteiro das suas atividades privadas.