Já é conhecido nos meios da oposição pelo CR7, porque foi apresentado como um verdadeiro CR7 do investimento, na entrevista que o nosso senhor presidente deu ao saudoso Zé Mendes, no dia 3 de julho de 2020, no decurso da pré-campanha das eleições autárquicas. Recordemos as palavras do agora e em má hora presidente da CM:
“Por isso fomos buscar uma pessoa, que é o Fernando Horta, uma pessoa que trabalhou na câmara de Tavira e neste momento está no IAPMEI, que o trabalho dele ao longo dos anos tem sido atrair investimento complementar ao turismo, o trabalho que ele vai ter em mãos é aproveitar a questão do PRR e procurar ampliar e modernizar a nossa zona industrial e captar investimento, e captar investimento.
É muito interessante falar com ele, porque tem ideias excecionais nessa matéria, que podem passar por muito disto que estávamos a falar ainda agora, do digital e pronto. Com o tempo virão as medidas em concreto, ainda estamos, como se costuma dizer, a cozinhá-las, mas há bons exemplos e de trabalho feito”.
Portanto, o homem era uma verdadeira vedeta, o militante da CDU que, de um dia para o outro, deixou de atender os telefonemas dos seus camaradas, para depois aparecer na candidatura do Araújo, com estatuto de vedeta. O homem ia trazer investimentos, aproveitar a bazuca para alargar da zona industrial e, além disso, era um homem cheio de ideias.
E no seu vídeo de apresentação do então candidato não desiludiu e às promessas do Araújo de alargamento da zona industrial e da vinda de grandes investimentos, acrescentou mais algumas promessas:
“Olá a todos. Queremos inverter o patamar de desenvolvimento do nosso Concelho e sabemos que isso implica a existência de um contexto favorável para a dinamização do empreendedorismo local, que, para além de beneficiar a dimensão local, visa também beneficiar a dimensão regional. Este projeto propõe uma mudança organizacional com base numa cultura que equaciona a competitividade local, através de uma perspetiva de mercado global e a criação de redes entre as diferentes entidades, como empresas, associações e universidades. Para o desenvolvimento de massa crítica em Vila Real, Propomos então dois grandes eixos de desenvolvimento. Por um lado, a promoção do empreendedorismo, a inovação e a capacitação empresarial. Conseguiremos através de uma ação dinamizadora de parceria com entidades que visa promover a criação de novas empresas e prestar-lhes auxílio do ponto de vista físico para o exercício da sua atividade. Também estimular através da educação, a realização de atividades e projetos de empreendedorismo que despertem nos jovens o seu espírito crítico, resiliente, proativo e empreendedor. Queremos criar um espaço empresa através da concretização de protocolo com a o IAPMEI, a AMA e AICEP, o espaço onde é possível tratar de criação de empresas de registo de patentes de licenciamentos vários, de obter informação sobre os apoios e outros incentivos disponíveis. Os segundo grande eixo visa a criação do programa INVESTE VRSA. A pretendemos promover e atrair investimento, potenciar o posicionamento do Concelho de Vila Real de Santo António no radar dos investimentos, identificar oportunidades de negócios, parceiros e locais para a sua instalação. Queremos responder às necessidades do nosso concelho, tendo em conta as dificuldades financeiras que existem e considerando ainda a conjuntura económica e social agravada pela crise pandémica, estas são propostas sólidas e sustentáveis que se focam no desenvolvimento do maior ativo do Conselho, as pessoas e a sua identidade.”
O homem prometia muita coisa e como não integrou o executivo camarário ficou com o departamento da economia e até agora só o vimos estar embrulhado num falso concurso, lançado muito depois da obra concluída e que tem fortes indícios de vários crimes graves, pagamentos de duvidosa legalidade a uma trabalhadora através da sua empresa e, essa sim a sua grande conquista, arranjou namorada na Câmara Municipal.
Contam-nos que terá aceitado ser promovido a vereador, o que significa que este executivo do Araújo é muito original, tem uma maioria de bandeados da CDU, para além do lastro que resulta do falso concurso se arrisca a não terminar o mandato.