Agora que finalmente o candidato da família Setúbal vai
responder a uma entrevista sem perguntas combinadas, deixamos aqui algumas
perguntas que o gostaríamos de ver responder:
1.
Se o Município está arruinado, não pode recorrer
a fundos europeus por não estar em condições de assegurar a sua
comparticipação, com que dinheiro vai fazer mais do que o Luís, como tem vindo
a prometer “fazer mais com menos dinheiro”.
2.
Tendo o Rui Setúbal como mandatário financeiro
isso significa que as contas da campanha vão ser escondidas na Av. da
Liberdade, em Lisboa, na empresa do sobrinho do Luís Gomes, tal como sucede com
as empresas do seu mandatário financeiro?
3.
Quando na qualidade de responsável local do IEF
disse que a São (e a Lídia) eram umas santas, havendo quem garanta que
acrescentou que quem se metia com elas era como se se metessem consigo, quais
as qualidades que via nas senhoras.
4.
Acha normal um responsável do IEFP, uma
instituição do Estado, ande a santificar ou a beatificar autarcas amigas, que
mais tarde e a crer na comunicação social se acabam por confessar corruptas?
5.
Quais os cargos que exerceu na Mão Amiga e
durante e desde quando e até quando os exerceu?
6.
Que funções exercia na Mão Amiga quando no ano
eleitoral de 2017, o ando em que a “Santa Cabrita” ganhou as eleições, quando
foram distribuídos mais de 350 mil euros em donativos monetários, com dinheiro
financiado pela CM então gerida por Luís Gomes, o tal que dizia “Agora é São”,
que na sua linguagem daria “Agora é Santa São”?
7.
É compatível exercer cargos em simultâneo no
iEFP enquanto entidade subsidiadora e na Mão Amiga enquanto entidade
subsidiada? É legal? É compatível com o código de ética do IEFP?
8.
Quanto é que a sua candidatura já investiu em
outdoors?
9.
Quando repete o mesmo outdoor numa mesma rotunda
é para que se veja a sua fotografia ou é uma manobra menos elegante que visa
ocupar todos os pontos visíveis, prejudicando de forma desleal outras
candidaturas que pretendam colocar outdoors?
10.
Considera que é normal um deputado municipal
dever dinheiro ao fisco – a todos nós – esconder as empresas em Lisboa por
pensar que assim fica menos visível a controlos? Acha que este comportamento é
compatível com a famosa ética Republicana?
11.
Sabendo-se que em obediência ao princípio
constitucional da igualdade, é uma regra de ouro do Estado a realização de
concursos transparentes, e sabendo-se que ao longo da sua longa carreira no IEF
foi sempre nomeado sem concursos, acha
isto normal em democracia?
12.
Como se sente ao ver tantos perfis falsos
criados para apoiar a sua candidatura, onde é normal ver likes sistemáticos dos
seus familiares ou de candidatos das suas listas?
13.
Acha normal um candidato afirmar que gosta de um
perfil sujo que ofende e difama pessoas, incluindo gente que não tem qualquer
papel ativo na política? Acha-se que isso é compatível com os valores do seu
partido?
14.
Sabe quem são os autores óbvios de alguns destes
perfis falsos, são pessoas próximas de si ou tem algum papel pessoal na gestão
dos seus conteúdos, tão admirados pelos seus cunhados, pelo João Reis ou pela
sua prima de Viana?
15.
Como explica que um partido com a grandeza
daquele pelo qual se candidata, tenha escolhida para mandatária alguém que
apoiava a autarca que se terá confessada corrupta e que era (e provavelmente
ainda é) terceira na lista do Luís e da São à junta de freguesia de VRSA?
16.
Foi o PS que decidiu investir em VRA e de forma
antecipada uma fortuna em outdoors, algo que não se viu em mais nenhum concelho
do país?
17.
A que título com a sua colaboração enquanto
dirigente do IEFP, a São Cabrita inventou centros de emprego nas juntas de
freguesia? Não considera que a gestão de um serviço de emprego é uma
competência da Administração Pública Central, não fazendo sentido que uma delegação
se demita das suas responsabilidades, permitindo a uma autarca usar o emprego
para fins políticos pessoais?
18.
Quando no dia em que o seu partido fazia uma
arruada em Monte Gordo, a que título acompanhou o ex-autarca Luís Gomes à zona
dos pescadores? Recebia ordens do Luís Gomes e não se podia eximir a esse
convite manhoso ou este tipo de passeios fazem parte das suas funções enquanto
responsável de um serviço da Administração Pública Central?
19.
O que fez perante as numerosas situações de
denúncias de atrasos de pagamentos aos POCS ou não tinha conhecimento “formal”
dessas situações, como nos disse o mentor da sua candidatura, numa tentativa de
nos aldrabar?
20.
Quando em 2018 declarava numa reunião da Mão
Amiga que “pediu a palavra e começou por reforçar as palavras proferidas pela
Presidente da Direção, dizendo que a missão da instituição “Mão Amiga” é
solidariedade social, não havendo portanto lugar a assuntos de cariz partidário
e que todos devem estar unidos nesta obra benfazeja” achava mesmo que isso era
verdade?
21.
O que acha de ser candidato de um partido cuja
campanha eleitoral de há 4 anos foi boicotada pelo seu grupo?
22.
A sua ação na colocação de centenas de POCS no
ano de 2017 visava apoiar socialmente pessoas carenciadas ou fez parte de uma
estratégia de apoio à eleição da São?
23.
Sabe que nas eleições de 2017 constava dentro da
campanha do candidato do seu partido que o PSD sabia de tudo com antecedência,
já ouviu falar de quem poderia ser a toupeira? Esse tipo de comunicação já
acabou?
24.
Porque razão se demarcou da oposição do seu
partido à decisão de Luís Gomes de mandar 150 mil euros para construir um
infantário na terra onde residia Fidel Castro?
25.
Porque razão nunca o ouvimos “abir o piu”
enquanto militante da oposição, contra o Luís Gomes? Pelo contrário, apesar de
agora os seus apoiantes o referirem como resultado de uma suposta “unidade
anti-Luís Gomes” (a unidade dos Araújos com os Setúbal Para distribuir os
tachos pela família), quando é que fez oposição a Luís Gomes ou à sua Santa
São?
26.
Acha razoável que os candidatos se aproveitem de
eventos privados, como exibições de dança no Barlavento, para fazerem campanha
política? Acha normal a utilização de filhas em manobras políticas disfarçadas
de Facebook pessoal?
27.
Foi sua a ideia de a sua filha menor dançar, no videoclip
da música “Eu sou milionário”?
28.
Acha razoável andar a fazer promessas que sabe
que não vai cumprir, enganando eleitores só para conseguir subir na sua
carreira à custa da nossa terra?
29.
Como explica a participação ativa de familiares
seus, que recorrem à provocação? Por exemplo, o que acha de um tal Vítor
Araújo, lá dos lados da terra do seu seminário, vir lançar insinuações no Largo
da Forca relativamente ao negócio do Duna Mar, ao comentar “Basta vermos como
foi feita a venda dos terrenos onde tal hotel está situado e quem por detrás
ajudou em todo o processo. Um já foi para o jardim das plaquetas, outro está
preso,.......”? Estará ele a insinuar que o proprietário do Duna MAR conseguiu
os terrenos de forma duvidosa?
30.
O que acha de um empresário andar a patrocinar
as iniciativas políticas do Rui Setúbal, o agora mandatário Financeiro da sua
campanha?
31.
A aliança com o defunto LIVRE foi feita a pensar
em dois ou três votos, ou a promoção da filha do Rui Setúbal é uma
contrapartida para as manobras deste (da Célia Paz e do Nuno Baptista)?
32.
Como se sentem os militantes do PS ao verem a
lista invadida por gente que não é do PS, que é de partidos defuntos, que há
pouco tempo se divertiam a gozar com o PS no Facebook e com uma mandatária que
é uma figura menor nos apoiantes da Santa São Cabrita?
33.
É verdade, como terá dito alguém próximo, que os
likes no seu Facebook, designadamente os colocados nos vídeos da sua filha a
dançar, são considerados um barómetro do apoio à sua candidatura? Já informou
os “amigos” que ingenuamente colocam likes podem estar a ser manipulados?
<Porque razão só teve Facebook muito depois de apresentar a sua candidatura?
34.
Acha que basta uma foto da qual nos enjoamos de
estarmos sempre a dar com ela, que se ganham eleições?
35.
Já ponderou a hipótese de desistir, sabendo-se
que se arrisca a ser derrotado de forma humilhante?