Na última década e meia o país, a Europa e o mundo mudaram, só Vila Real de Santo António ficou na mesma, em vez de se apostar no ensino e na qualificação profissional os responsáveis estatais e municipais preferiram a subsidiodependência geradora de votos fáceis, a condizer com esta opção a aposta turística e comercial tem sido na baixa qualidade.
Enquanto a palavra competitividade preocupou todo o mundo, em VRSA a preocupação foi para o lucro e o voto fácil. Agora temos mão de obra pouco qualificada, um município sem recursos e uma economia assente em empresas de baixo nível de qualificação. Não basta falar de uma única empresa que se escapa a este padrão, coisa que todos os candidatos do sistema fazem nas suas entrevistas, para encobrir esta realidade.
Um município marcado pela bandalhice e corrupção é um interlocutor válido para empresas que progridem pela competitividade ou preferem ir a outros locais onde os autarcas têm melhor fama?
Um concelho sem quadros qualificados, com um mercado de habitação sem oferta para habitação a preços razoáveis atrai empresas que produzam bens e serviços de alto valor acrescentado?
Um Município gerido pelo contabilista de Borba, onde não se cobram taxas municipais absurdas e onde nem se pode estacionar sem ser assaltado, é competitivo no que se refere aos custos de contexto?
A situação em que se encontra o concelho é de um beco de
onde será difícil sair. O Álvaro Araújo defendeu que a São e a Lídia eram umas
santas que mereciam uma estátua ao lado do Marquês. O senhor estava a ser
modesto, por aquilo que fizeram ao concelho o pelourinho quase se deixaria de
ver com tantas estátuas. Para além da São e da Lida, o Luís Gomes, o Luís
Romão, o Pires e o próprio Araújo mereciam uma estátua.