Quem ouve alguns candidatos autárquicos de Vila Real de Santo António sente razões para se sentir deslocado para a marginal da cidade do Mónaco, quem os ouve julga estar a ouvir magnatas para quem o dinheiro não é problema, o único problema é que só há um lugar para tantos candidatos, ricos, a abarrotar de dinheiro de bazucas, granadas e outros porta-moedas engatilhados.
Há falta de casas? Votem em mim que porque a primeira coisa que vou fazer são bairros sociais, o outro não fica atrás e vai ganhar mais um euromilhões com os terrenos do Parque de Campismo e não vai faltar obra para dizer quem a fez daqui a uns anos. Todos serão promovidos, todos terão bons empregos, todos terão casa com comida e roupa lavada, a fartura está garantida e a fortuna gasta em outdoors é apenas uma amostra do dinheiro que dizem ter.
O problema é que é tudo mentira, não há terrenos para construir os tais bairros sociais, eles sabem muito b4em que nem sequer há dinheiro para comprar vassouras, quanto mais para construir prédios. Eles sabem que se venderem os terrenos do Parque de Campismo, operação já de si muito duvidosa, o FAM vai obrigá-los a usar o dinheiro para amortizar a dívida que “foi o Luís que fez”.
Nunca o Luís Gomes esteve tão em igualdade com o Álvaro Leal ou o Álvaro Araújo, a CM não tem um tostão e nem sequer há margem para mais manobras criativas para inventar dinheiro através de dívidas escondidas nos tapetes dos tribunais ou para fazer compras para depois esconder as faturas e nunca mais pagar. O Luís Gomes vai ter de mostrar o que vale sem um tostão e o Araújo terá de provar que sabe mais do que fazer peditórios com a Lídia, beatificar esta e a São ou defender que a senhora da Mão Amiga e a autarca que foi detida não só merecem uma estátua, como estas devem ter a dignidade de ficar ao lado de pelourinho. Se o pelourinho serviu para homenagear D. José, estas rainhas da terra merecem igual honra segundo este artista de Viana.
Durante anos destruirão o concelho, um promovia um modelo económico miserável, mas com muitas festas e festarolas, o outro implementava um modelo social assente na subsidiodependência e miséria social, um verdadeiro exército de pobres que ajudou a eleger a São Cabrita, contando esta ainda com 350 mil euros de donativos em envelopes dados pela Mão Amiga com dinheiro do Município, a mesma Mão Amiga que o moço de Viana assegurava que não fazia política.
Agora estão em igualdade e a farturea que prometem não passam
de mentiras de políticos ambiciosos e que não olham a meios poara se promoverem
à custa da política. A verdade é que não estamos no Mónaco, estamos numa terra
que ambos ajudaram a levar para um beco sem saída.