ÁLVARO ARAÚJO E A MÃO AMIGA

 


 

Ficámos estupefacto ao ouvirmos o candidato autárquico da família Setúbal dar uma explicação atabalhoada sobre a sua passagem e saída da Mão Amiga. O moço de Viana, pessoa que confirmou na entrevista ao Mendes que não está à altura do cargo ao qual o candidataram, sabe muito bem o que falou connosco no dia do tal almoço que o seu amigo referiu na página suja de apoio à sua candidatura. 

A verdade é que:

  1. 1.       Em 2018 o responsável local do IEFP dizia numa reunião da assembleia geral da Mão Amiga que naquela instituição não havia política, quando sabe, tal como todos os vila-realenses, qual era o papel da Mão Amiga no regime instituído pelo Luís e pela São.
  2. 2.       No ano eleitoral de 2017 o IEFP colocou centenas de POCS na CM e todos sabemos como o PSD mobilizou os votos de muitos destes trabalhadores.
  3. 3.       Muitos POCS passaram por dificuldades devido a atrasos de pagamentos numa altura em que o responsável do IEFP estava na Mão Amiga.
  4. 4.       Numa reunião em que se discutia os atrasos no pagamento dos POCS, em que estava presente o responsável do IEFP, a então presidente da CM e a responsável da Mão Amiga, perante as críticas dos presidentes à autarca e à responsável da Mão Amiga, o candidato da família Setúbal veio em defesa dessas pessoas, dizendo entre outras coisas que essas senhoras eram umas santas.

5.       Se o responsável do IEFP ainda estava a exercer algum cargo na Mão Amiga em 2017 é bom recordar que nesse ano eleitoral a Mão Amiga distribuiu donativos financeiros na ordem dos 350.000 euros. 

Não vale a pena usar o argumento d crise financeira para justificar este imenso bodo aos pobres em ano eleitoral, até porque a crise financeira do Lehman Brothers foi em 2008 e em 2017 já Mário Centeno brilhava nas Finanças. A verdade é que 2017 foi o ano das eleições autárquicas em que o grupo do Setúbal/Araújo boicotou a candidatura do PS. Aliás, este argumento deve ter sido sugerido pelo seu mandatário financeiros, já que o ouviu do deputado municipal do PSD Lança, que o susoui em defesa do Luís Gomes. Enfim… 

Não vale a pena ignorar os atrasos nos pagamentos a POCS, sacudindo responsabilidades para o responsável financeiro do serviço, quando era o chefe do serviço que estava também na Mão Amiga. 

Com ou sem autorização superior a presença do responsável do IEFP era condenável à luz do Código de Ética do IEFP. Lembramos ao sr. Araújo que já na versão de 2014 deste código, entre outras coisas, estipulava-se que “Os colaboradores devem evitar qualquer situação suscetível de originar, direta ou indiretamente, conflitos de interesses, nomeadamente sempre que tenham um interesse pessoal ou privado em determinada matéria que possa influenciar, ou aparentar influenciar, o desempenho imparcial e objetivo das suas funções profissionais.

Se o candidato violou o código de ética do IEFP não só deveria ser confrontado com isso, como não é aceitável que seja candidato a uma autarquia e muito menos uma autarquia. 

Por isso, desafiamos o candidato Álvaro Araújo a tornar públicas as funções que exerceu na Mão Amiga e de quando até quando exerceu essas funções, apresentando provas disso, bem como do que declarou aos microfones da Rádio Guadiana.