A FÉNIX QUE NÃO RENASCERÁ

 


A última notícia Sábado sobre a Operação Triângulo, na sequência de decisão do juiz de instrução de Évora relativamente às medidas de coação do deputado do PS António Gameiro, que com a ex-autarca São Cabrita, terá dado mais um passo na ação do Central que tem apodrecido a nossa autarquia, informa-nos sobre um grupo secreto no WhatsApp chamado "Fénix”. 

A Fénix é uma ave da mitologia grega que quando morria entrava em auto combustão, renascendo depois das cinzas. Esse grupo ultra secreto visava preparar a reeleição da São Cabrita e além dela participavam o Nogueira, o Pedro Pires (?) e o poderoso João Faustino, homem muito íntimo do Rui Setúbal de que, pouco antes de desencadeada a Operação Triângulo seria visto junto de gente da candidatura do Álvaro Araújo. 

Nessa notícia o João Faustino, homem a que o Luís Gomes terá tirado da miséria, dando-lhe uma vida muito confortável na SGU, é apresentado como assessor da São, não tendo sido surpresa que tivesse sido detido juntamente com a ex-autarca. Só não se entende que um iletrado ganhasse tão bem e tivesse o estatuto de “assessor”, um senhor cujo momento mais alto da sua carreira terá sido o curto papel de artista de cinema, quando contracenou com Luís Gomes, na curta metragem “As horas de luz”. 

Hoje percebe-se cada vez melhor como este “assessor” sobreviveu ao longo dos anos, apesar de ter falido como construtor civil, acabando por declarar a insolvência da família. As ligações ao PS, de onde se bandeou para o PSD, através do Rui Setúbal, velho companheiro no Hotel dos Navegadores, num tempo em que os trabalhadores desse hotel passaram um mau bocado, mais tarde o bandeamento para o lado do Luís Gomes, a que se seguiu o novo bandeamento, desta vez do Luís Gomes para a São. 

Aproveitando-se de políticos fracos locais e das suas relações dentro da Maçonaria o agora arguido por indícios de corrupção passiva, foi um homem forte do regime instituído em VRSA, com a participação ativa da São e do Luís, bem como de políticos nacionais do PS e de responsáveis locais de institutos públicos. Até há quem diga que nas últimas autárquicas a equipa do Luís Gomes, tinha conhecimento antecipado de todos os passos da candidatura do PS, não sendo difícil de adivinhar quem no PS poderia ser o Garganta Fundo e quem no PSD recebia a informação. 

Muito provavelmente a designação “Fénix” terá sido ideia do próprio João Faustino, já que esta ave mitológica faz parte da simbologia maçónica, como símbolo da esperança e do renascimento. MAS parece que desta vez a justiça partiu uma asa à Fénix do João Faustino e da São, a autarca retirou-se e prepara a sua próxima batalha, agora sem ajudas de gente do PS a dar-lhe a informação e o pobre do João Faustino viu interrompida a sua brilhante carreira política e profissional. Certamente um desgosto para Rui Setúbal e os seus araujianos, já que perderam um grande amigo. 

A Fénix não renasceu das cinzas, desta vez foi mesmo definitivamente queimada.