OUTRA VEZ A RUA DE ANGOLA

 


 

Quando estalou do Edifício da Rua de Angola a CM não disse aos moradores que o prédio estava arrendado à CM e que por estar falida a CM tinha que deixar de suportar os prejuízos superiores a 150.000 euros, era um compromisso assumido com o FAM. Mandarasm uma causídica reunir com as pessoas que foram sendo enganadas até receberem cartas de despejo. 

Como a situação podia dar votos, o candidato Araújo foi ao prédio, na companhia do seu causídico, agora candidato a vice-presidente, apoiados num suposto representante dos moradores, agora jornalista de uma espécie de TV Viana, arranjaram uma solução mágica. Não perderam tempo e o PS apressou-se a fazer um comunicado a cobrar o favor. 

Mais competente era impossível, nem leram a correspondência com o FAM e já tinham uma solução jurídica. Entretanto o assunto ficou esquecido, veio a pré-campanha e incomodado com a situação, o candidato Luís Gomes fez uma descoberta, que os terrenos teriam sido cedidos em troca de rendas baixas e que tudo isto era constitucional. 

Agora foi o candidato Araújo que, esquecido da brilhante descoberta jurídica do comunicado de 19 de dezembro, vinha com outra brilhante solução. Que o terreno é da CM e que mal chegue a presidente da CM vai resolver o problema. Isto é, o brilhante candidato em muito pouco tempo já se esqueceu da solução com que na companhia do Eusébio (que foi um dos primeiros residentes a sair do prédio) enganou os residentes do prédio. Agora veio-o com outra patranha. 

Na hipótese de esta patranha ser melhor do que a anterior, como é que o candidato vai dizer ao FAM que a CM volta atrás naquilo que lhes disseram? Como é que vai arranjar o dinheiro para suportar os custos dos negócio do subarrendamento? Como é que explica a venda de apartamentos de um prédio em regime de propriedade horizontal se a CM é dona ou tem direitos sobre o terreno? 

O que se tem passado com o prédio da Rua de Angola mostra bem como em matéria de criatividade eleitoralista o Luís e o Araújo são tão parecidos.